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Pergunta

O que é o Discurso do Monte das Oliveiras?

Resposta


O Discurso do Monte das Oliveiras é o nome dado ao ensino ordenado e extenso dado por Jesus Cristo no Monte das Oliveiras. Seu assunto é o fim dos tempos. Esse discurso está registrado em Mateus 24:1 - 25:46. Passagens paralelas são encontradas em Marcos 13:1-37 e Lucas 21:5-36. O registro em Mateus é o mais extenso, portanto, a referência aqui será ao Evangelho de Mateus.

É importante reconhecer que o ensinamento de Jesus nesse discurso se refere a Israel e não à Igreja. Cristo estava falando do futuro programa de Deus para Israel. Outras passagens a serem consideradas ao estudar o Discurso do Monte das Oliveiras são Daniel 9:24-27 e Apocalipse 6:1-19:21, que se referem ao futuro período de sete anos chamado de tribulação. O programa de Deus para a Igreja termina com o arrebatamento, que não é ensinado no Discurso do Olivete. O arrebatamento da Igreja é encontrado em João 14:1-4; 1 Coríntios 15:51-52; e 1 Tessalonicenses 4:13-18.

Em Mateus 23, Jesus havia falado aos fariseus sobre o julgamento. Isso pode ser visto nas declarações de "ai" nesse capítulo. Em 24:1, Jesus estava saindo do templo quando os discípulos chamaram Sua atenção para os magníficos edifícios no monte do templo. Jesus então diz aos discípulos que "aqui não ficará pedra sobre pedra; todas serão derrubadas" (versículo 2). Essa profecia foi literalmente cumprida no ano 70 d.C., quando os romanos destruíram Jerusalém. O templo foi queimado. O ouro do templo derreteu no fogo e escorreu para as fendas entre as pedras. Mais tarde, quando as pessoas procuraram o ouro, derrubaram cada pedra de seu lugar. Essa destruição de Jerusalém foi apenas um prenúncio do que ainda está por vir.

A profecia de desgraça de Jesus deixou os discípulos curiosos e, provavelmente, mais do que um pouco preocupados. Quando estavam a sós com Jesus no Monte das Oliveiras, eles Lhe perguntaram: "Dize-nos quando essas coisas acontecerão e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo" (versículo 3). O que se segue em Mateus 24-25 refere-se ao futuro período de tribulação de sete anos e à segunda vinda de Cristo no final da tribulação. Durante esse período, Deus completará Seu castigo e purificação de Israel e julgará o mundo inteiro (Daniel 9:24-27; Apocalipse 6-19).

Daniel 9:27 indica que a tribulação será dividida em duas partes iguais. O ensinamento de Jesus em Mateus 24:4-8 refere-se à primeira metade. As "dores de parto" (versículo 8) referem-se aos sofrimentos que Israel experimentará durante os primeiros três anos e meio. Os sinais referentes ao fim dos tempos são a vinda de falsos messias (versículo 5), a ameaça de guerras e conflitos generalizados (versículos 6-7) e várias catástrofes naturais (versículo 7).

Apocalipse 6 é uma passagem paralela. O apóstolo João escreve sobre os julgamentos do selo. Apocalipse 6:2 fala de um cavaleiro em um cavalo branco, que se refere a um falso messias chamado em outros lugares de Anticristo e a Besta. Apocalipse 6:4 diz que a paz será tirada da Terra. Apocalipse 6:6-8 fala de fome e morte. Jesus disse que essas coisas são apenas o "princípio das dores de parto" (Mateus 24:8). O pior ainda está por vir.

Em Apocalipse 13, a segunda metade da tribulação começa quando a Besta, ou Anticristo, estabelece seu governo por 42 meses (cf. Daniel 9:27; Mateus 24:15).

No Discurso do Monte das Oliveiras, a segunda metade da tribulação é descrita em Mateus 24:9-14. A perseguição aos judeus e a morte (versículo 9) serão o resultado da ascensão da Besta ao poder. O Anticristo também perseguirá todos que se recusarem a segui-lo (Apocalipse 13:1-18). A salvação prometida em Mateus 24:13 é a libertação da perseguição da Besta. Aquele que perseverar até o retorno de Cristo será salvo da Besta. Jesus diz que "este evangelho do reino" será pregado em todo o mundo antes que o fim chegue. Em outras palavras, as boas novas (evangelho) estarão disponíveis durante a tribulação; a mensagem será que Cristo voltará em breve em julgamento para estabelecer Seu reino terreno (Apocalipse 20:4-6). Essa mensagem fará com que muitas pessoas percebam seu estado pecaminoso e recebam o Salvador durante a tribulação.

Mateus 24:15-26 fornece mais detalhes sobre a tribulação. Jesus se refere a uma "abominação" e à desolação de um templo futuro em Mateus 24:15-22; isso é mencionado mais claramente em Lucas 21:20-24. A Besta assumirá a autoridade e erguerá uma imagem de si mesma no futuro templo (Daniel 9:27; 2 Tessalonicenses 2:1-4; Apocalipse 13:1-18). Quando isso acontecer, Jesus diz para irem para as colinas. Os que estiverem em Jerusalém são aconselhados a fugir para salvar suas vidas quando virem que a Besta tomou seu lugar de autoridade (Mateus 24:16-20). O Anticristo governará de Jerusalém por 42 meses (3 anos e meio), a segunda metade da tribulação, chamada de "grande tribulação" no versículo 21.

Jesus adverte que a grande tribulação será o pior período já visto na Terra (versículo 21). De fato, se esses dias não fossem interrompidos pelo retorno de Cristo, ninguém sobreviveria (compare os julgamentos de taças em Apocalipse 16).

Jesus novamente faz uma advertência sobre os falsos profetas nos últimos dias (Mateus 24:23-28). No final da tribulação, haverá uma mudança astronômica (versículo 29), e as nações do mundo verão o Cristo "vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória" (versículos 29-30). Aqueles que foram salvos durante a tribulação serão recolhidos do mundo pelos anjos (versículo 31).

Jesus enfatiza os fatos de que haverá sinais que levarão ao dia do julgamento (Mateus 24:32-34) e que Sua Palavra é segura (versículo 35). Jesus diz que ninguém sabe o momento desses eventos e que aqueles sobre os quais o julgamento está chegando serão pegos de surpresa (versículos 36-44).

Jesus termina o Discurso do Monte das Oliveiras com quatro parábolas. A primeira diz respeito a um servo malvado cujo senhor o castiga ao voltar para casa (Mateus 24:45-51). A seguinte, a Parábola das Dez Virgens, incentiva a prontidão e a vigilância (25:1-13). A terceira parábola, que relata a história de três servos e seu uso (ou mau uso) das finanças, ensina a fidelidade, tendo em vista o fato de que os servos de Deus devem prestar contas de si mesmos um dia (25:14-30). Jesus termina Seu discurso contando a Parábola das Ovelhas e dos Cabritos, que retrata a divisão entre os salvos e os não salvos no final da tribulação, antes do início do reinado milenar de Cristo (25:31-46).

Poucos dias após o Discurso do Monte das Oliveiras, Jesus foi traído nas mãos de incrédulos e crucificado pelos pecadores. O Santo de Deus um dia retornará em glória para julgar o mundo, mas primeiro Ele teve que providenciar o caminho da salvação para todos que confiassem nEle.

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