Pergunta
A frase "o que Jesus faria?" (OQJF) é algo pelo qual devemos procurar viver?
Resposta
Na década de 1990 e no início dos anos 2000, as iniciais OQJF eram vistas com frequência em pulseiras, colares, camisetas, etc., pois as pessoas religiosas perguntavam: "O que Jesus faria?" para ajudar a orientar suas decisões na vida. O slogan não é visto com tanta frequência hoje em dia, mas ainda está em circulação. A ideia por trás do OQJF é que, para saber qual é a coisa certa a fazer, devemos nos perguntar: "O que Jesus faria?" e, em seguida, modelar o Seu comportamento.
Alguns questionam o benefício de perguntar "O que Jesus faria?" e se perguntam se OQJF é realmente algo que os cristãos devem procurar viver. Em resposta a isso, diríamos que é claro que não há nada de errado em imitar Jesus Cristo. Devemos seguir os passos de Jesus (1 Pedro 2:21), e muitas passagens das Escrituras nos aconselham a olhar para Cristo como nosso exemplo (por exemplo, João 13:15; Romanos 15:7; 1 Coríntios 11:1; Efésios 4:32; 5:25). Portanto, não há nada de errado com a ideia por trás do OQJF ou com as mercadorias esportivas do OQJF.
No entanto, há alguns cuidados ao usar a abordagem OQJFww para a tomada de decisões. Primeiro, devemos nos certificar de que nossa resposta à pergunta "O que Jesus faria?" seja baseada na verdade objetiva das Escrituras e não em opiniões subjetivas. Se você perguntasse a dez pessoas o que Jesus faria em uma determinada situação, provavelmente receberia oito ou nove respostas diferentes. As pessoas tendem a criar suas próprias imagens de quem é Jesus e do que Ele faria. Precisamos nos concentrar no Jesus da Bíblia.
Não podemos realmente saber o que Jesus faria se não soubermos o que Jesus fez. Felizmente, a Bíblia muitas vezes esclarece a hipótese do que Jesus faria porque nos mostra o que Ele, na realidade, fez. Por exemplo, se nos depararmos com a opção de demonstrar compaixão ou ignorar uma necessidade, podemos observar o comportamento de Jesus nos Evangelhos e ver que Ele demonstraria compaixão (veja Mateus 14:14). Se formos tentados a contornar a verdade, podemos ver o exemplo de Jesus nos Evangelhos de que Ele sempre disse a verdade (ver João 8:45). Suas ações no passado nos guiam hoje. As Escrituras devem ser o que nos informa. A ideia do OQJF deve estar devidamente fundamentada em uma familiaridade com as Escrituras.
Em segundo lugar, devemos resistir à tentação de usar o OQJF como um disfarce para fazer o que queremos. O coração é enganoso (Jeremias 17:9), e devemos ter cuidado para não mentir para nós mesmos. Não podemos permitir que o OQJF se torne OQQF ("O que quero fazer?"). O comportamento pecaminoso não pode ser justificado simplesmente por imaginarmos falsamente que Jesus concordaria conosco.
Terceiro, não devemos usar a fórmula OQJF como substituta da oração. Além de perguntar "O que Jesus faria?", deveríamos orar: "Jesus, o que devo fazer?" JOQDF pode não ser tão cativante quanto OQJF, mas é importante que busquemos a orientação do Senhor diretamente (ver Tiago 1:5).
OQJF pode ser um bom lembrete de que devemos seguir Jesus e procurar imitá-Lo. Mas perguntar "O que Jesus faria?" não é um método autônomo de tomada de decisões. Devemos também estudar a Palavra e buscar a sabedoria de Deus em oração.
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A frase "o que Jesus faria?" (OQJF) é algo pelo qual devemos procurar viver?