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Pergunta: Por que Deus às vezes julgava a nação inteira pelas ações de seu rei?

Resposta:
Às vezes, na história bíblica, um reino inteiro parece ser julgado pelas ações de um rei perverso. Por exemplo, 2 Crônicas 28:19 diz, em parte: "O Senhor humilhou Judá por causa de Acaz, rei de Israel". Como é justo que todo o Judá tenha sido julgado por causa da transgressão do rei Acaz?

A história completa é que os reis nesses relatos não eram as únicas pessoas pecadoras da nação. Continuando com 2 Crônicas 28:19, o versículo também diz: "Pois o SENHOR humilhou Judá por causa do rei Acaz, porque este levou Judá a pecar de modo desenfreado e desprezou o SENHOR completamente." Assim, tanto o rei Acaz quanto o povo de Judá estavam envolvidos em ações pecaminosas, incluindo a idolatria. Acaz havia sido o promotor e facilitador do pecado, mas toda a nação era culpada de cometer o pecado. Quando o julgamento de uma nação era pronunciado, geralmente era dirigido ao rei. Como governante da nação, ele era considerado responsável pelas ações de seu povo.

Quando surgiu um bom rei, descobrimos que suas ações nobres também influenciaram as pessoas que ele liderava. Por exemplo, durante o reinado do bom rei Asa de Judá, Asa "depôs Maacá, sua avó, para que não fosse mais rainha, porque ela havia feito um ídolo odioso para servir de poste-ídolo, ao qual Asa destruiu e, despedaçando-o, o queimou junto ao ribeiro de Cedrom" (2 Crônicas 15:16). Ele conduziu a nação à retidão e foi recompensado com a ausência de guerra por muitos anos (versículos 18-19).

A Lei de Deus dada por meio de Moisés prometia julgamento sobre Israel e seu rei quando se voltassem contra Deus. Deuteronômio 28:36-37 diz que, se Israel não guardasse os mandamentos, "o SENHOR te levará para uma nação que nem tu nem teus pais conheceram, juntamente com o rei que tiveres estabelecido sobre ti; e ali cultuarás deuses de madeira e de pedra. E te tornarás um espanto, motivo de chacota e zombaria entre todos os povos aos quais o SENHOR te levar." Deus avisou de antemão sobre essa punição e depois enviou profetas para lembrar os reis quando agiam de forma errada; somente depois que um rei e seu povo rejeitaram claramente os caminhos de Deus é que o julgamento veio sobre eles.

Os reis de Judá e Israel tinham a capacidade de incentivar ou impedir a adoração de ídolos e outras ações pecaminosas entre o povo que lideravam. Quando os reis incentivavam o pecado, eles traziam julgamento sobre o seu povo. Além disso, quando o rei vivia em pecado, o povo tinha a responsabilidade de se opor a ele. Entretanto, nos casos bíblicos de julgamento contra os reis maus de Israel, o povo também estava envolvido em desobediência.

Em resumo, as ações do rei não foram o único fator determinante na decisão de Deus de julgar a nação; é mais correto dizer que o julgamento de Deus ocorreu por causa das ações malignas da nação - ações promovidas pelo rei.

O julgamento de Deus tinha o objetivo de fazer com que o Seu povo retornasse a Ele e clamasse por arrependimento. O julgamento de Deus também não era permanente. Ele devolveu os israelitas a Jerusalém após setenta anos de cativeiro na Babilônia, oferecendo mais um exemplo de Sua fidelidade às Suas promessas.



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