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Pergunta: O que é o Argumento Tipológico de Eliaquim?

Resposta:
O Argumento Tipológico de Eliaquim é uma defesa apologética usada para apoiar o papado da Igreja Católica Romana - o cargo doutrinário e administrativo do papa. O papa detém o posto central de organização e liderança da Igreja Católica Romana. Acredita-se que sua autoridade venha do apóstolo Pedro, a quem os católicos afirmam ter liderado a igreja antes de seu martírio. Simplificando, os católicos acreditam que Jesus nomeou Pedro para ser o primeiro papa e que há uma linha ininterrupta de sucessão papal até os dias atuais.

O Argumento Tipológico de Eliaquim tem origem na interpretação da Igreja Católica Romana de Mateus 16:13-20. Nessa passagem, Jesus pergunta aos discípulos: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?" (versículo 15). No versículo 16, o apóstolo Pedro - sempre o mais falante do grupo - responde por todos eles. Ele confessa que Jesus é "o Cristo, o Filho do Deus vivo". De uma forma poderosa e inequívoca, Pedro declara que Jesus é o Filho de Deus e o Messias prometido de Israel. Jesus responde à confissão de Pedro com estas palavras: "E Jesus lhe disse: Simão Barjonas,* tu és bem-aventurado, pois não foi carne e sangue que te revelaram isso, mas meu Pai, que está no céu. E digo-te ainda que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno* não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino do céu; o que ligares na terra terá sido ligado no céu, e o que desligares na terra terá sido desligado no céu" (Mateus 16:17-19).

A resposta do Senhor a Pedro espelhou intencionalmente a confissão de fé de Pedro. Pedro confessou: "Tu és o Cristo." Jesus respondeu: "Tu és Pedro." O primeiro nome de Pedro era originalmente Simão, mas o Senhor o renomeou para Pedro (Petros em grego), significando "rocha" (João 1:42). Com base na próxima afirmação de Cristo: "E sobre esta pedra edificarei a minha igreja", os católicos romanos acreditam que Jesus concedeu a Pedro a autoridade para se tornar o primeiro papa, juntamente com todos os vários papéis e deveres que esse cargo implica.

O Argumento Tipológico de Eliaquim afirma que, quando Jesus deu a Pedro “as chaves do reino dos céus”, ele estava aludindo e cumprindo Isaías 22:20–24, que os católicos veem como uma prefiguração tipológica do papel de Pedro na igreja. A profecia de Isaías diz: "Naquele dia, chamarei o meu servo Eliaquim, filho de Hilquias, e o vestirei com a tua capa e porei o teu cinto nele; darei a ele o teu governo; e ele será como pai para os moradores de Jerusalém e para a casa de Judá. Eu lhe porei sobre os ombros a chave da casa de Davi; ele abrirá, e ninguém fechará; fechará, e ninguém abrirá. Eu o fixarei num lugar firme como se faz com um prego; ele será um trono de honra para a casa de seu pai. Toda a glória da casa de seu pai será posta sobre ele, a prole e a descendência, todos os objetos menores, desde as bacias até os jarros."

O Argumento Tipológico de Eliaquim alega que Eliaquim, que recebeu "a chave da casa de Davi", é um tipo de Pedro. Eliaquim prefigurou o papel eventual que Pedro desempenharia como o papa fundador. O argumento também liga as declarações "ele abrirá, e ninguém fechará; fechará, e ninguém abrirá" com a promessa do Senhor a Pedro de que "Tudo quanto ligardes na terra terá sido ligado no céu, e tudo quanto desligardes na terra terá sido desligado no céu." Ao traçar uma correlação entre Isaías 22 e Mateus 16, a Igreja Católica Romana erroneamente considera o cargo de papa como bíblico e confere autoridade infalível e fundamental a quem ocupar esse cargo.

O problema com o Argumento Tipológico de Eliaquim é que Eliaquim prefigura Cristo, não Pedro. Em Isaías 22:22, Eliaquim é dado "a chave da casa de Davi". Isso corresponde à descrição de Jesus em Apocalipse 3:7: "aquele que é santo, verdadeiro, o que tem a chave de Davi".

Além disso, Isaías 22:22 diz a respeito de Eliaquim: "ele abrirá, e ninguém fechará; fechará, e ninguém abrirá." Isso também é aplicado a Jesus em Apocalipse 3:7: "o que abre e ninguém pode fechar, e o que fecha e ninguém pode abrir". A bênção de Eliaquim em Isaías 22 deve ser lida à luz de Apocalipse 3, não de Mateus 16.

A Escritura demonstra inequivocamente que Jesus é a autoridade da igreja, não Pedro. O Argumento Tipológico de Eliaquim postula uma interpretação duvidosa e altamente especulativa de Mateus 16 à luz de Isaías 22. Simplesmente não há base bíblica para o cargo de papa ou para a doutrina da infalibilidade papal, e o Argumento Tipológico de Eliaquim não reverte esse fato.



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