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Pergunta: O que significa o fato de Jesus ter tomado o nosso lugar?

Resposta:
Na cruz, Jesus recebeu o castigo que merecíamos por nossos pecados. Ele não merecia morrer, mas voluntariamente tomou nosso lugar e experimentou a morte por nós. A morte de Jesus foi uma substituição, "o justo pelo injusto" (1 Pedro 3:18), o inocente pelo culpado, o perfeito pelo corrupto.

A doutrina da expiação substitutiva ensina que Cristo sofreu vicariamente, sendo substituído pelo pecador, e que Seus sofrimentos foram expiatórios (ou seja, Seus sofrimentos fizeram reparações). Na cruz, Jesus tomou nosso lugar de várias maneiras:

Jesus tomou o nosso lugar, pois foi feito pecado por nós. "Daquele que não tinha pecado Deus fez um sacrifício pelo pecado em nosso favor, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 5:21). Enquanto Jesus estava pendurado na cruz, suspenso entre a terra e o céu, os pecados do mundo foram colocados sobre Ele (1 Pedro 2:24). O perfeito Filho do Homem carregou nossa culpa.

Jesus tomou o nosso lugar, pois experimentou a morte física - não uma morte qualquer, mas a morte de um transgressor da lei. Todo mundo morre, mas há uma diferença entre morrer de uma morte "natural" e ser executado por seus crimes. O pecado é a violação da lei de Deus (1 João 3:4), e "aquele que pecar é que morrerá" (Ezequiel 18:4). Como todos nós pecamos, todos nós merecemos a morte (Romanos 3:23; 6:23). Jesus nos livra dessa penalidade. Embora não tenha cometido nenhum crime (veja Lucas 23:15), Jesus foi executado como um criminoso; de fato, é por não ter pecado que Sua morte é válida para nós. Ele não tinha nenhum pecado pessoal pelo qual pagar, portanto, Sua morte paga pelo nosso. Nossa dívida legal foi totalmente paga - tetelestai (João 19:30). Como diz a antiga canção gospel: "Ele pagou uma dívida que não tinha; eu tinha uma dívida que não podia pagar".

Assim, Jesus tomou nosso lugar judicialmente, suportando a penalidade do pecado e morrendo em nosso lugar. "E a vós, quando ainda estáveis mortos nos vossos pecados e na incircuncisão da vossa carne, Deus vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos pecados; e, apagando a escrita de dívida, que nos era contrária e constava contra nós em seus mandamentos, removeu-a do nosso meio, cravando-a na cruz" (Colossenses 2:13-14). Em outras palavras, Deus pregou na cruz todas as acusações contra nós. Deus nunca verá os crentes em Cristo como merecedores da pena de morte porque nossos crimes já foram punidos no corpo físico de Jesus (veja Romanos 8:1).

A Lei de Deus diz: "Você é culpado de pecado contra um Deus santo. A justiça exige sua vida". Jesus responde: "Em vez disso, tire a minha vida". O fato de Jesus ter tomado o nosso lugar mostra o grande amor de Deus: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a própria vida pelos seus amigos" (João 15:13).

Mas a penalidade pelo pecado vai além da morte física e inclui a separação espiritual de Deus. Novamente, nessa questão, Jesus tomou o nosso lugar. Parte da agonia de Cristo na cruz foi um sentimento de separação do Pai. Após três horas de escuridão sobrenatural na terra, Jesus clamou: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Marcos 15:34). Graças ao sacrifício de Jesus em nosso favor, nunca precisaremos experimentar essa sensação de abandono (Hebreus 13:5). Nunca poderemos imaginar, pelo menos nesta vida, o quanto Deus, o Filho, sofreu ao tomar o nosso lugar.

Sabemos que o sofrimento de Jesus foi intenso. Nos dias que antecederam a crucificação, Jesus expressou angústia sobre o que estava por vir (João 12:27). Mas aqueles que tentaram dissuadi-lo de ir para a cruz foram duramente repreendidos - a oferta de evitar a provação era uma tentação do próprio Satanás (Mateus 16:21-23), e Jesus não tinha vindo para seguir o caminho mais fácil. Na noite de Sua prisão, Jesus estava "tomado de grande tristeza, a ponto de morrer" (Mateus 26:38). Mesmo tendo um anjo para fortalecê-lo, Jesus suou sangue (Lucas 22:43-44).

Para que pudéssemos ser salvos, Jesus teve de tomar o nosso lugar e morrer pelo pecado. Ele teve de entregar Sua vida como sacrifício, porque "sem derramamento de sangue não há perdão" (Hebreus 9:22). Seu sacrifício foi perfeito em santidade, em valor e em poder para salvar. Após Sua ressurreição, Jesus mostrou Suas cicatrizes aos apóstolos (João 20:26-27). Enquanto nossa salvação durar (para sempre), as marcas do sofrimento de nosso Salvador serão visíveis (Apocalipse 5:6) - um lembrete eterno de que Ele tomou o nosso lugar.

"Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades

e levou sobre si as nossas dores...

Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões

e esmagado por causa das nossas maldades;

o castigo que nos traz a paz estava sobre ele,

e por seus ferimentos fomos sarados...

o SENHOR fez cair a maldade de todos nós sobre ele" (Isaías 53:4-6).



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