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Pergunta: O que foi a revolta de Bar Kokhba?

Resposta:
A revolta de Bar Kokhba foi uma série de batalhas entre 132 e 135 d.C. travadas contra o Império Romano por judeus liderados por Simeão bar Kosba, que fez reivindicações messiânicas e foi rebatizado de Bar Kokhba ("Filho da Estrela") por um rabino influente. A revolta acabou não tendo êxito, e Jerusalém pagou um alto preço pela rebelião.

Durante a época do Novo Testamento, Israel estava sob o domínio de Roma. Desde que a liderança e o povo cooperassem com Roma, era-lhes permitida certa autonomia. Entretanto, os líderes judeus temiam que uma revolta em torno das atividades de Jesus fizesse com que Roma "tirasse o nosso templo e a nossa nação" (João 11:48). Demonstrando sua subserviência a Roma, os líderes judeus não tinham permissão para levar Jesus à morte; em vez disso, tinham de apelar a Pilatos, o governador romano, para executar a sentença que desejavam (João 18:31). Em resposta a uma revolta judaica posterior, o general romano Tito destruiu Jerusalém e o templo em 70 d.C. Um grupo de revolucionários se refugiou em Massada, mas acabou sendo derrotado em 73 d.C. no conflito final da Primeira Guerra Judaica.

Depois dessa época, Israel foi governado como um reino conquistado, e os romanos começaram a expulsar os judeus da região. Entretanto, a resistência judaica não desapareceu completamente. Na Guerra de Kitos, entre 115 e 117 d.C., os judeus dispersos na Cirenaica, no Chipre e no Egito se rebelaram. Alguns se referem a essa guerra como a Segunda Guerra Judaica, mas outros a excluem, pois ela não foi travada na Palestina.

A revolta de Bar Kokhba é conhecida como a Segunda ou Terceira Guerra Judaica, dependendo da opinião de cada um sobre a Guerra de Kitos. Essa revolta, liderada por Simeão Bar Kokhba, foi uma resposta à proibição da circuncisão pelo imperador Adriano e à helenização forçada de todos os judeus do império. Bar Kokhba conseguiu derrotar as forças romanas guarnecidas em Jerusalém e, por cerca de dois anos, foi estabelecido um estado judeu independente. Como resultado de suas vitórias contra os romanos, muitos aclamaram Bar Kokhba como o Messias que restauraria o reino de Israel. No entanto, o imperador Adriano ordenou que seis legiões de soldados fossem para a área, juntamente com auxiliares e reforços de outras legiões. Bar Kokhba foi morto, a rebelião foi esmagada e muitos judeus foram massacrados.

Após a revolta de Bar Kokhba, os judeus foram impedidos de entrar em Jerusalém, exceto para observar o festival de Tisha B'Av, que comemora a destruição do primeiro e do segundo templos. Os judeus começaram a ser perseguidos como nunca haviam sido antes, e a diáspora começou para valer. Jesus havia advertido contra seguir falsos messias (Mateus 24:5), e Bar Kokhba era uma dessas falsificações. Após sua derrota, Simeão Bar Kokhba foi denunciado pela liderança judaica, e os judeus começaram a abandonar o conceito de um messias pessoal que restauraria Israel. Apenas recentemente a ideia de um messias pessoal foi revivida em alguns segmentos do judaísmo. O resultado da revolta de Bar Kokhba foi que, aproximadamente 100 anos depois de rejeitar Jesus como Messias, o judaísmo ficou desiludido com qualquer esperança de um salvador pessoal, uma pátria judaica e um reino judeu independente.



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