Resposta:
Sete, um filho de Adão e Eva (o terceiro de seus filhos citados nas Escrituras), nasceu depois que Caim assassinou Abel (Gênesis 4:8). Eva acreditou que Deus o havia designado como substituto de Abel e o chamou de Sete, que significa “colocar no lugar de” (Gênesis 4:25). Mais tarde, quando Sete tinha 105 anos, seu filho Enos nasceu (Gênesis 4:26), e Enos deu continuidade ao que às vezes é chamado de “a linhagem piedosa de Sete” que leva a Abraão.
A história de Caim matando a “semente” justa (Abel) e Deus levantando outra “semente” (Sete) torna-se o tema central do plano divino. O mal está sempre tentando livrar o mundo do bem, e Deus está sempre frustrando os planos do mal. Há sempre um Sete para substituir Abel. Foi através da semente de Sete que Jesus nasceu (Gênesis 5:3–8, 1 Crônicas 1:1, Lucas 3:38).
Após o nascimento do filho de Sete, Enos, a Bíblia nos diz: “... daí se começou a invocar o nome do Senhor” (Gênesis 4:26), o que confirma a predição de Eva sobre o propósito do nascimento de Sete. A palavra invocar também significa “proclamar”, que se refere a homens testificando sobre Deus uns aos outros. Foi por meio da família de Sete que a adoração corporativa e organizada do único Deus verdadeiro começou a entrar no mundo caído. Embora os descendentes de Sete não sejam os primeiros na linhagem de Adão a desenvolver invenções ou avanços na civilização, eles são os primeiros a louvar e adorar a Deus.
Ao contrário dos descendentes de Caim, os de Sete provaram ser fiéis a Deus. De Sete vêm os patriarcas, a nação de Israel e, por fim, Cristo. E é Cristo quem não apenas destrói Satanás, mas também condena o pecado e a morte (Lucas 3:23–38). Foi através de Sete que veio a “Descendência da Mulher” que esmagaria a cabeça da serpente (Gênesis 3:15).
Sete também é mencionado em outras obras, incluindo os Apócrifos (Sirácida 49:16), as obras pseudepigráficas, como a Ascensão de Isaías, Jubileus e a Vida de Adão e Eva. Seu nome também está registrado em alguns dos textos gnósticos, por exemplo, o Evangelho dos Egípcios e o Segundo Tratado do Grande Sete.