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Pergunta: Qual é a diferença entre uma aliança e um contrato?

Resposta:
Em um nível, os termos aliança e contrato são usados indistintamente. No entanto, há algumas distinções mais sutis entre os dois.

Um contrato é uma construção jurídica relativamente moderna. É um acordo legalmente vinculativo para fazer ou não fazer algo. Isso muitas vezes inclui penalidades por quebra de contrato. Se o contrato é violado e as penalidades são pagas, então o pagamento é considerado uma compensação adequada pela quebra do contrato. Não há necessariamente qualquer falha moral envolvida na violação. Se uma pessoa viola o contrato mas paga voluntariamente as penalidades, isso não é visto como uma falha moral, porque o contrato assume a possibilidade de uma violação. Como um exemplo, se um inquilino assina um contrato de aluguel de um ano para um apartamento com uma penalidade de $ 1.000 por quebrar o contrato antecipadamente, e então o inquilino quer sair do contrato e paga a penalidade, então tudo está bem. O inquilino quebrou o contrato, e o dono da propriedade foi compensado de acordo com o contrato. Talvez o dono não esteja feliz com isso, e o inquilino talvez não esteja feliz em ter que pagar a penalidade, mas ambos fizeram o que disseram que fariam.

Uma aliança é uma construção antiga em que duas partes prometem fazer algo ou não fazer algo. Por causa da natureza caída da humanidade, a aliança pode incluir penalidades por quebrar a aliança, mas, ao contrário de um contrato, é considerado imoral quebrar uma aliança - é uma traição de confiança. Nunca há um sentido no qual é moralmente reto uma pessoa quebrar uma aliança, mesmo que a pessoa que quebra a aliança esteja disposta a pagar as penalidades.

A diferença entre um contrato e uma aliança pode ser ilustrada nas atitudes atuais sobre o casamento. Algumas pessoas encaram o casamento como um contrato entre duas partes. Ambos entram voluntariamente no contrato de casamento e, mais tarde, se um ou ambos quiserem sair do relacionamento, simplesmente negociam os pagamentos e as penalidades (pensão alimentícia, divisão de bens, acordo de custódia dos filhos, etc.) e seguem em frente sem qualquer estigma moral. Alguns casais entram no casamento com um acordo pré-nupcial que delineia, antes mesmo de o casal se casar, como os pagamentos e a propriedade serão divididos em caso de divórcio.

De acordo com a Bíblia, o casamento não é um contrato, mas uma aliança entre duas pessoas com Deus e o resto da comunidade como testemunhas. Ninguém deve entrar no casamento pensando no que acontecerá se, ou no caso de alguns casais, quando o casamento for dissolvido. O casamento é para ser para a vida toda, e sempre há um componente moral e uma falha moral, por uma ou ambas as partes, quando um casamento falha. A quebra da aliança do casamento envolve a separação violenta da "uma só carne" que foi criada pelo casamento. Enquanto a Bíblia permite o divórcio em certos casos (veja Mateus 19:9 e 1 Coríntios 7:15), isso não é o que Deus pretendia. "Mas desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe [e se unirá à sua mulher]; e os dois serão uma só carne. Assim, já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o homem não separe o que Deus juntou" (Marcos 10:6–9).

Deus é um Deus que guarda alianças, e os cristãos devem ser pessoas que guardam alianças. Devemos honrar nossa palavra e cumprir nossas promessas, mesmo quando não há um contrato oficial em vigor. Toda promessa que um cristão faz deve ser considerada uma aliança. O mandamento é “Seja, porém, o vosso falar sim, sim; não, não” (Mateus 5:37).



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