Resposta:
No Antigo Testamento, o éfode tem dois significados. Em um grupo de passagens, ele significa uma vestimenta como um colete sarcedotal; em outro, muito provavelmente uma imagem. Como vestimenta, o éfode é mencionado nas ordenanças sacerdotais como parte do traje oficial do sumo sacerdote. Ele deveria ser feito de fios "de azul, de púrpura, de carmesim e de linho fino torcido" e bordado com fios de ouro "com obra de arte" (Êxodo 28:4; 29:5; 39:2; Levítico 8:7).
O éfode era mantido unido por um cinturão de fabricação semelhante costurado a ele. Ele tinha duas ombreiras que, como o nome indica, cruzavam os ombros e aparentemente eram presas ou costuradas ao éfode na frente. Na vestimenta, as ombreiras eram unidas na parte de trás às duas extremidades do éfode. Nada é dito sobre o comprimento da vestimenta. No ponto em que as ombreiras eram unidas na frente "acima do cinto", duas argolas de ouro eram costuradas, às quais o peitoral era preso.
A palavra éfode tem um significado totalmente diferente no segundo grupo de passagens, todas elas pertencentes aos livros históricos. É certo que a palavra não pode se referir aqui a uma vestimenta. Isso fica evidente em Juízes 8:26-27, onde está registrado que Gideão tomou dos ismaelitas, que eram aliados midianitas, brincos de ouro, pesando 1.700 siclos de ouro, e fez um "colete sacerdotal e o pôs na sua cidade, em Ofra", onde era adorado por todo o Israel. Em Juízes 17:5, Mica fez um éfode e um terafim, ou ídolo, para seu santuário. A inferência mais natural de todas essas passagens é que "éfode" aqui significa uma imagem que foi colocada no santuário, especialmente porque a palavra é citada com terafim, que sem dúvida se refere a imagens esculpidas (Oséias 3:4). A conclusão é que o éfode, nesses casos, refere-se a um ídolo portátil. Alguns estudiosos sugeriram que a conexão entre o ídolo e a vestimenta é que o ídolo foi originalmente vestido com uma vestimenta de linho, e o termo éfode gradualmente passou a descrever o ídolo como um todo.
