Pergunta: Quantas vezes Deus já enviou fogo do céu?
Resposta:
O fogo desceu do céu várias vezes na história. A Bíblia registra pelo menos seis desses casos:
Caiu fogo do céu e destruiu os rebanhos de Jó (Jó 1:16). Esse foi um ataque direto de Satanás, mas, como a parte anterior de Jó 1 explica, Satanás estava agindo com a permissão de Deus (versículo 12). Foi uma tragédia permitida por Deus e, no final, trouxe glória a Deus. No outro lado de suas provações, Jó foi abençoado com rebanhos ainda maiores (Jó 42:12).
O fogo que descia do céu também era um meio de julgamento de Deus. Fogo na forma de enxofre ardente choveu dos céus e destruiu Sodoma e Gomorra (Gênesis 19:24; Lucas 17:29). Deus também usou o fogo do céu para julgar os soldados enviados pelo perverso rei Acazias para prender Elias - duas vezes, o fogo desceu do céu para consumir um grupo de cinquenta soldados enviados a serviço do rei (2 Reis 1:10, 12).
Mas o fogo do céu não é exclusivamente um meio de julgamento. Em pelo menos três ocasiões, Deus enviou fogo do alto para consumir um sacrifício: o fogo desceu do céu para consumir o sacrifício que Davi ofereceu na eira de Araúna, o jebuseu (1 Crônicas 21:26); para consumir o sacrifício na dedicação do templo, na presença do rei Salomão e do povo de Israel (2 Crônicas 7:1); e para consumir o sacrifício de Elias no Monte Carmelo, em resposta à simples oração do profeta (1 Reis 18:38).
Em cada sacrifício consumido pelo fogo do céu, Deus estava fazendo uma afirmação importante. No caso de Davi, Deus estava perdoando o pecado de Davi ao realizar um censo e interromper uma praga em Israel. Ele também estava escolhendo o local onde o futuro templo seria construído. No caso de Salomão, Deus estava consagrando aquele local como o lugar onde Seu nome habitaria para sempre (2 Crônicas 7:16). A reação do povo foi adorar o Senhor e dizer: "Porque ele é bom; porque o seu amor dura para sempre" (2 Crônicas 7:3). No caso de Elias, Deus estava envergonhando os profetas de Baal, cujo deus não enviava fogo, e reivindicando Seu título legítimo de Senhor Deus de Israel. O povo no Monte Carmelo "prostrou-se e clamou: 'O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus!" (1 Reis 18:39).
É interessante notar que, durante o ministério terreno de Jesus, dois de Seus discípulos, Tiago e João, quiseram invocar fogo do céu para julgar uma aldeia samaritana que não acolheu o Senhor. Jesus, porém, "voltando-se, repreendeu-os" (Lucas 9:55). Ele não tinha vindo "para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por meio dele" (João 3:17). Tiago e João, corretamente chamados de "filhos do trovão" (Marcos 3:17), queriam o que pensavam ser justiça, mas a ideia deles ia contra o plano de misericórdia de Deus. A justiça de Deus virá, mas nos termos dEle, não nos nossos.
Na tribulação do fim dos tempos, o falso profeta fará com que desça fogo do céu como forma de enganar as pessoas para que adorem o Anticristo (Apocalipse 13:13).
E, no final do milênio, Deus promete que destruirá os exércitos de Gogue e Magogue com fogo do céu (Apocalipse 20:9).