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Pergunta: Por que os bebês foram despedaçados (Naum 3:10)?

Resposta:
Naum 3:10 inclui uma descrição gráfica das atrocidades da guerra: "Entretanto, ela foi levada, foi para o cativeiro; os seus pequeninos também foram despedaçados nas entradas de todas as ruas." É uma cena horrível de carnificina.

O contexto imediato fala da derrota da cidade egípcia de Tebas pela Assíria, da qual Nínive era a capital. Quando Tebas foi derrotada pela Assíria em 663 a.C., ocorreram os atos detestáveis de Naum 3:10. Os assírios venderam pessoas para o cativeiro e mataram bebês (cf. Oséias 13:16). Os bebês provavelmente foram mortos pelos assírios como um ato gratuito de crueldade e porque os bebês não podiam ser facilmente exilados.

É importante observar que Deus não tolerou essa ação horrível. De fato, Naum menciona esse relato como justificativa para a condenação de Deus à Assíria. Deus expressa a Sua intenção de julgar a Assíria em breve ao prever a destruição violenta da capital assíria de Nínive. Os versículos 8-13 são uma advertência aos ninivitas de que qualquer sensação de segurança que eles sentiam era falsa; Tebas era uma cidade forte, mas eles foram derrotados. Aqueles que ouvissem sobre a destruição de Nínive a veriam como uma boa notícia: "Todos os que ouvirem da tua fama baterão palmas por ti; pois quem não tem sofrido por causa da tua maldade?" (Naum 3:19).

A Assíria tinha a reputação de ser uma guerreira feroz e violenta. Nínive era uma cidade de violência ("a cidade de sangue" em Naum 3:1), conhecida por sua brutalidade contra os inimigos. Naum fala da "crueldade sem fim" dos assírios (versículo 19). Um comentarista observa: "Os assírios eram notórios por sua crueldade, que incluía cortar mãos, pés, orelhas, narizes, arrancar olhos, cortar cabeças, empalar corpos e arrancar a pele de vítimas vivas" (ver Walter A. Maier, The Book of Nahum: A Commentary (O Livro de Naum: Um Comentário). Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1980, p. 292).

Outros lugares no Antigo Testamento também falam de mortes horríveis de bebês, e cada caso envolve uma guerra. Embora tais ações sejam insondáveis para nós, a aniquilação completa de todas as crianças durante a guerra não era incomum no mundo antigo. Paralelos foram observados em tempos mais modernos, como as execuções nazistas de crianças judias e os genocídios em Ruanda e no Sudão.

Outro incidente desse tipo ocorreu no início da vida de Jesus. Em Mateus 2:16, Herodes tentou destruir o jovem Jesus, e lemos: "Então Herodes, percebendo que havia sido enganado pelos magos, ficou furioso e mandou matar todos os meninos de dois anos para baixo, em Belém e nos arredores, de acordo com o tempo indicado com precisão pelos magos."

Os bebês de Tebas foram despedaçados pelos exércitos da Assíria, mas Deus fez justiça aos responsáveis. A situação se inverteu, e Nínive foi alvo de atrocidades semelhantes. Como Deus prometeu: "A vingança e a recompensa são minhas, quando lhes resvalar o pé; porque o dia da sua ruína está próximo, as coisas que lhes acontecerão se aproximam rapidamente" (Deuteronômio 32:35).



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