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Pergunta: É errado que um casal more junto antes do casamento? | GotQuestions.org/Portugues

Resposta:
A resposta a essa pergunta depende um pouco do que se entende por “viver junto”. Se “viver junto” significa simplesmente partilhar a mesma casa ou apartamento, sem qualquer conotação sexual, então não, não é tecnicamente errado. Estritamente falando, não há nada de pecaminoso em um homem solteiro e uma mulher solteira viverem na mesma casa ou apartamento, desde que não haja sexo.

No entanto, não é isso que normalmente significa o termo viver juntos, que é frequentemente usado como um eufemismo para “fazer sexo antes do casamento”, sinônimo de “ajuntar-se”. O Dicionário Oxford define viver juntos como “compartilhar uma casa e ter um relacionamento sexual”. Certo ou errado, supõe-se que o sexo faça parte.

Para efeitos deste artigo, definiremos viver juntos ou coabitar como “partilhar uma casa e ter uma relação sexual”. Usando essa definição de viver juntos, então é definitivamente errado. O sexo antes do casamento é condenado nas Escrituras, juntamente com todas as outras formas de imoralidade sexual (Atos 15:20; Romanos 1:29; 1 Coríntios 5:1; 6:13, 18; 7:2; 10:8; 2 Coríntios 12:21; Gálatas 5:19; Efésios 5:3; Colossenses 3:5; 1 Tessalonicenses 4:3–5; Judas 1:7). A Bíblia promove a abstinência completa fora (e antes) do casamento. O sexo antes do casamento é tão errado quanto o adultério e outras formas de imoralidade sexual, porque todos envolvem fazer sexo com alguém com quem você não é casado.

Vivemos num mundo que apoia cada vez mais os casais que vivem juntos antes do casamento. De acordo com um estudo Barna de 2016, a justificativa mais comum para viver juntos é avaliar a compatibilidade (84%); outras razões incluem economia no aluguel (5%) e outras considerações práticas (9%) (www.barna.com/research/majority-of-americans-now-believe-in-cohabitation, acessado em 15/09/21). Essa aceitação de viver juntos é encontrada até mesmo entre os cristãos praticantes, dos quais 41 por cento dizem que a coabitação é “uma boa ideia” (ibid.). Em 2019, a Pew Research descobriu que 58 por cento dos evangélicos de raça branca aprovam a coabitação se o casal planeja casar-se (citado em www.crosswalk.com/family/marriage/christians-and-cohabitation-what-you-need-to-know.html, acessado em 15/09/21). Apesar das tendências atuais que aprovam a coabitação, a mensagem da Bíblia permanece a mesma: Deus proíbe o sexo antes do casamento.

Além da orientação bíblica, há outras boas razões para não coabitar. A ideia de que viver juntos é um “relacionamento piloto” apropriado antes de se comprometerem com o casamento se desmorona sob seu próprio peso. Ao contrário da sabedoria convencional, viver juntos antes do casamento não fortalece um futuro casamento. Um estudo baseado em uma pesquisa nacional descobriu que casais que viveram juntos tinham 46% mais probabilidade de se divorciar do que outros casais (DeMaris, A., e Rao, K. V., “Premarital Cohabitation and Subsequent Marital Stability in the United States: A Reassessment,” Journal of Marriage and Family 54, 1992, baseado na Pesquisa Nacional de Famílias e Agregados Familiares, 178–190). Outro estudo divulgado pela Universidade de Rutgers descobriu que a coabitação é contraproducente para casamentos duradouros e recomendou que os casais solteiros evitem viver juntos, especialmente se o acordo envolver filhos, devido à incerteza e à fragilidade da coabitação (Popenoe, D., e Whitehead, B. D. , “Should We Live Together? What Young Adults Need to Know about Cohabitation before Marriage,” The National Marriage Project, the Next Generation Series, Rutgers, the State University of New Jersey, 1999).

Mesmo no caso de um casal solteiro que divide a casa sem ter relações sexuais, surgem alguns problemas:

1) Ainda existe a aparência de imoralidade. Devemos considerar o nosso testemunho perante um mundo incrédulo ao representarmos Cristo. A maioria das pessoas presume naturalmente que um homem e uma mulher que compartilham o mesmo espaço são sexualmente ativos. Mesmo que a suposição esteja errada, ela ainda permanece. Deus nos chama para um padrão mais elevado: “Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos” (Efésios 5:3). Coabitar definitivamente “sugere” a imoralidade sexual.

2) Compartilhar um espaço residencial pode ser uma tremenda tentação de imoralidade. Os casais que coabitam, mesmo que se comprometam a abster-se de sexo, colocam-se numa posição que pode facilmente levar à concessão e permitir que o diabo os tente. A Bíblia nos diz para fugirmos da imoralidade, não nos expormos às suas constantes tentações (1 Coríntios 6:18).

3) Temos uma responsabilidade para com os nossos irmãos e irmãs em Cristo. A advertência da Bíblia é que não façamos ninguém tropeçar (Romanos 14:19–21). Não basta dizer: “não estamos fazendo nada errado”; devemos “seguir as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros” (versículo 19).

Se um casal vive junto fora do casamento, eles têm três opções básicas: (1) continuar a viver juntos; (2) encontrar alojamentos separados; ou (3) casar agora. Muitos casais optam por se casar em uma cerimônia rápida e privada para tornar as coisas “legais” e, mais tarde, realizar uma celebração de casamento mais formal, tipo igreja. Dessas três opções, (2) e (3) são as únicas escolhas piedosas.

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