Pergunta: O que significa o fato de que "o aguilhão da morte é o pecado" em 1 Coríntios 15:56?
Resposta:
Depois de zombar da morte nos versículos anteriores, o apóstolo Paulo escreve: "O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei" (1 Coríntios 15:56). Para entender o significado desse versículo, precisamos explorar a relação entre a lei, o pecado e a morte.
Ao dizer que "o aguilhão da morte é o pecado", Paulo compara a morte a uma monstruosidade viva que está atacando. Sua arma envenenada - seu ferrão - é o que dá à morte seu poder venenoso sobre as pessoas. De fato, se não fosse pelo pecado, a morte não seria inimiga alguma - nada além de uma serpente sem presas ou um escorpião sem cauda. É o nosso pecado que nos coloca em perigo mortal.
Em 1 Coríntios 15:54-55, Paulo cita Oséias 13:14, dizendo: "Mas, quando o que perece se revestir do que é imperecível, e o que é mortal se revestir do que é imortal, então se cumprirá a palavra escrita: Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?". Aqui, Paulo declara que a morte foi derrotada (veja 1 Coríntios 15:26). Como um oponente derrotado, ela não tem mais o mesmo ferrão. O veneno foi removido. Mas, para os incrédulos, o ferrão permanece. Eles são assombrados pela morte e pelo julgamento por causa de sua falta de arrependimento e rejeição intencional de Cristo. Para os crentes, no entanto, o ferrão da morte foi removido pela fé na morte sacrificial e na ressurreição vitoriosa de Cristo (2 Coríntios 5:21; Gálatas 3:13; 1 Pedro 2:24).
O aguilhão da morte teve origem no Jardim do Éden. Por causa da desobediência de Adão, "o pecado entrou no mundo por um só homem, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, pois todos pecaram" (Romanos 5:12). O pecado é o "aguilhão" ou a causa raiz da morte (Romanos 6:23). Se Adão não tivesse pecado, as pessoas não morreriam. A morte deve ser entendida de duas maneiras: (1) física e (2) espiritual. A morte física é o fim de nossa existência biológica, enquanto a morte espiritual é a separação de Deus, que é a única fonte verdadeira de vida (João 1:3-4; 10:10; 14:6).
A morte é a consequência do pecado, um fato dolorosamente claro pela lei (Ezequiel 18:20). A lei, portanto, revela que merecemos a morte e o julgamento: "... conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que praticam essas coisas, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam" (Romanos 1:32). O poder do pecado é ampliado pela lei, pois a presença do pecado nos lembra que não podemos obedecer à lei.
A beleza da mensagem de Paulo é que ela não termina com a lei, o pecado e a morte. Não, ela termina com Cristo, que é o "fim da lei" (Romanos 10:4). Sua morte sacrificial e ressurreição vitoriosa são a solução para o nosso problema com o pecado. Quando pecamos, Ele poderia ter permanecido no céu e dito: "Isso não é problema meu". Mas Seu amor por nós era grande demais. Em amor, "humilhou a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz" (Filipenses 2:8). Na cruz, Ele carregou os nossos pecados, não os Seus. Ele morreu, mas não permaneceu morto. Três dias depois, Ele ressuscitou da sepultura, derrotando Satanás, o pecado e a morte. Em Cristo, os crentes são vitoriosos. Então, morte, onde está o seu aguilhão?