Resposta: Dogma é definido como “uma crença ou conjunto de crenças que são aceitas pelos membros de um grupo sem serem questionadas ou duvidadas”. No cristianismo, dogma é o corpo de doutrinas bíblicas proclamadas e aceitas pelos cristãos. O dogma da religião cristã é o que é pregado do púlpito, ensinado por líderes cristãos e acreditado pelos seguidores de Cristo. Para ser ortodoxo, o dogma cristão deve concordar com o ensino da Palavra de Deus.
Os três dogmas mais básicos da fé cristã, aqueles que todos os cristãos são ensinados e devem acreditar, são o que separa o cristianismo de todas as outras religiões. Os três são a divindade de Cristo (João 1:1, 14), Sua morte substitutiva e ressurreição (2 Coríntios 5:21) e a salvação do pecado pela graça através da fé apenas (Efésios 2:8-9). Todas as outras religiões rejeitam a divindade de Cristo e ensinam que a salvação é alcançada e/ou retida por alguma forma de obras humanas.
Existem muitos outros dogmas cristãos, incluindo as doutrinas da Trindade; a inspiração, inerrância e suficiência das Escrituras; o nascimento virginal; a habitação do Espírito Santo; e outros. Mas as três doutrinas mencionadas acima são as doutrinas centrais da fé, pois delas depende o destino eterno de cada ser humano. Podemos divergir sobre o papel do Espírito Santo ou entender errado a Trindade, mas negar a natureza de Cristo e Seu sacrifício pelo pecado rejeita a única esperança que temos para a vida eterna (Atos 4:12).
Ser "dogmático", isto é, ter um conjunto forte de crenças sobre fé e doutrina, é muitas vezes mal visto na nossa cultura pluralista de hoje. No entanto, os crentes em Cristo são ordenados a ser dogmáticos: "Assim, irmãos, ficai firmes e conservai as tradições que vos foram ensinadas oralmente ou por carta nossa" (2 Tessalonicenses 2:15). Ser dogmático sobre o cristianismo é visto por muitos como divisivo, sem amor e de mente fechada. Vamos examinar essas acusações à luz dos dogmas inegáveis da fé.
O dogma cristão é divisivo? Definitivamente. Divide a verdade do erro, a doutrina sólida da heresia e a realidade espiritual do pensamento desejoso. O dogma também reconhece e aceita como verdade as divisões que existem nos muitos opostos das Escrituras: luz e escuridão, bem e mal, lei e graça, fé e obras, ovelhas e bodes, sabedoria e loucura, vida e morte. O dogma cristão também é divisivo no sentido de que separa aqueles que aceitam por fé os princípios básicos do cristianismo daqueles que os negam. Como cristãos, não devemos ser divisiveis em nossas atitudes em relação aos outros, mas devemos nos apegar à verdade. Aderir à verdade exige rejeitar a falsidade. "Julgai todas as coisas, retende o que é bom" (1 Tessalonicenses 5:21).
O dogma cristão é sem amor? Longe disso. Na verdade, é o ápice do amor. Começa com Deus, que amou tanto o mundo que enviou o Seu Filho para prover salvação do pecado (João 3:16). O dogma cristão é baseado no amor de Cristo, que morreu na cruz por amor ao Seu povo (João 15:13). Além disso, manifesta-se no amor dos cristãos por Deus (Marcos 12:30) e uns pelos outros, conforme ordenado por Jesus (João 13:34). Proclamar claramente o dogma cristão é a coisa mais amorosa que podemos fazer, pois compartilha com os outros o único meio de escapar de uma eternidade no inferno.
Aqueles que acreditam no dogma cristão são de mente fechada? Cristãos dogmáticos são frequentemente chamados de fechados ou de mente estreita. Mas o cristianismo, pela sua própria natureza, é uma fé fechada e estreita (veja Mateus 7:13–14). Jesus declarou-se como o único Caminho, Verdade e Vida e que ninguém vem a Deus senão por Ele (João 14:6). Esta afirmação elimina todas as outras fé e religiões da consideração.
O dogma é importante; faz diferença no que acreditamos. A chave para ser dogmático sem ser abrasivo é, em primeiro lugar, escolher cuidadosamente quais dogmas valem a pena debater e quais não e, em segundo lugar, sempre falar a verdade em amor (Efésios 4:15). "Nas coisas essenciais, unidade; nas não essenciais, diversidade; em todas as coisas, caridade."