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Pergunta: "O que significa que seu sim seja sim e seu não seja não?"

Resposta:
Jesus disse: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mateus 5:37). O contexto deste versículo está relacionado a juramentos. Vejamos o contexto mais amplo do sermão de Jesus:

Mateus 5 faz parte do Sermão da Montanha. Nesta seção, Jesus fala sobre alguns dos princípios fundamentais de certas leis do Antigo Testamento. Existem alguns casos em que uma pessoa pode cumprir a letra da lei e ainda ser culpada de violar o princípio. Os fariseus e os mestres eram especialistas em guardar a letra da lei, mas Jesus advertiu seus ouvintes de que, se a justiça deles não excedesse a dos fariseus e dos mestres da lei, não entrariam no reino dos céus (Mateus 5:20). Tal declaração deve ter chocado os Seus ouvintes, visto que os fariseus e escribas se apresentavam como exemplos de obediência. Jesus explica que a obediência por si só não é suficiente se o espírito da lei for quebrado.

Em Mateus 5:21-22, Jesus ensina que não basta ser "aparentemente" inocente de assassinato, pois alguém pode ter pensamentos e atitudes homicidas sem cometer o crime. Em Mateus 5:27-28, Jesus diz que não basta ser "aparentemente" inocente de adultério porque um mero olhar de luxúria destrói a pureza dos pensamentos. Em Mateus 5:31-32, Jesus ensina que se divorciar de uma esposa sem motivo, mesmo que sejam apresentados os "documentos necessários", pode não ser um divórcio válido aos olhos de Deus.

Em Mateus 5:33-37, seguindo o mesmo padrão, Jesus aborda o assunto de dizer a verdade. Jesus diz ao povo para não quebrar seus juramentos. Um juramento era uma promessa de fazer ou não fazer algo, invocando Deus como testemunha e como o único que poderia julgar se a promessa foi quebrada. Era comum as pessoas fazerem juramentos para aumentar a sua seriedade e veracidade. Às vezes, juravam por algo menos do que Deus, como o "céu". O objetivo do juramento menor era permitir alguma flexibilidade ao quebrar o juramento – se não tivessem invocado o nome de Deus, assim achavam, quebrar o juramento não era uma coisa tão ruim. Nesse caso, o juramento foi feito por uma pessoa que não tinha medo de quebrá-lo, tornando tal juramento enganoso. Em vez de variar o "nível de sinceridade" dos juramentos, Jesus diz para simplesmente dizer "sim" ou "não" e ser sincero. A invocação do nome de Deus é uma formalidade simples. Sua palavra deve ser sua promessa. Jesus diz que, com ou sem juramento, apenas diga o que você quer dizer e cumpra.

Aqui está o contexto completo: “Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus; nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei; nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mateus 5:33-37).

Em Mateus 5:34, Jesus diz: "de modo algum jureis." Alguns interpretam isso como significando que um cristão nunca deve fazer um juramento por qualquer motivo, nem mesmo testemunhar em tribunal. Uma testemunha "jura" levantando a mão direita (e às vezes colocando a outra mão sobre a Bíblia) e prometendo "dizer a verdade, toda a verdade e nada além da verdade". No entanto, o ponto dos ensinamentos de Jesus não é que jurar dessa maneira seja errado. Fazer um juramento sem sentido para deixar uma brecha legal e ter a opção de quebrá-lo é errado. Se um juramento for exigido em conformidade com um requisito cívico, o cristão não deve ter problemas em fazê-lo. A aplicação correta do princípio de Jesus de "deixe o seu sim ser sim" é que o cristão deve ser sincero em qualquer circunstância.

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