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Pergunta: "O que é a teoria do multiverso?"

Resposta:
Em resumo, a teoria do multiverso foi inventada para explicar a evidência clara de design no universo, juntamente com o fato de que o universo está bem ajustado para sustentar a vida (o princípio antrópico). A teoria do multiverso afirma essencialmente que existem multidões de universos, cada um formado inteiramente aleatoriamente, sendo o nosso universo o único (ou um de poucos) que se desenvolveu aleatoriamente de forma a sustentar a vida. De acordo com a teoria do multiverso, o surgimento do “design inteligente” em nosso universo é o resultado das peças se encaixando perfeitamente, sem orientação/supervisão de nenhum Ser. Em vez disso, nesta teoria, nosso universo sendo ajustado para a vida é simplesmente uma questão do acaso – afinal, com milhões ou bilhões de universos, um universo bem ajustado acabaria acontecendo.

A teoria do multiverso é baseada na suposição de que o que até agora consideramos ser “o universo” é apenas um pequeno componente de um vasto, possivelmente infinito, conjunto de universos. O princípio do multiverso é uma tentativa de evitar evidências para o aparente ajuste fino das leis cósmicas, valores e constantes de tal forma que o universo seria propício à bio-habitabilidade. A tese central do conceito de multiverso tenta expandir os recursos probabilísticos de alguém além do que está disponível no universo observável, de modo que a probabilidade de alcançar um único universo bio-habitável pelo acaso seja mais plausível.

Existem vários problemas fundamentais com essa proposição, sendo o problema-chave que ela é desnecessária e ad hoc. Não há nenhuma boa razão científica para pensar que residimos em um universo dentro de uma infinidade de universos paralelos. Também não há razão para pensar que deveria haver um mecanismo para gerar tais universos, cada um com suas próprias constantes e valores fundamentais. A proposição, portanto, só consegue retroceder um passo no paradoxo, pois facilmente se poderia perguntar quem construiu o gerador que deu origem a essa loteria cósmica. Uma segunda dificuldade com esta hipótese é que um universo em estado de expansão contínua não pode ser eterno. Pode-se raciocinar, portanto, que é possível que apenas um número finito de universos possa ter sido gerado, e não há garantia de que um universo bio-habitável bem ajustado teria surgido.

Em conclusão, na ausência de evidências filosóficas e/ou científicas independentes para a existência de um universo-conjunto, o conceito permanece nada mais do que uma conjectura metafísica radical. O requintado ajuste fino das leis contingentes e constantes do universo para o surgimento da vida complexa permanece mais bem explicado por um Ser inteligente fora do espaço e do tempo. A popular cosmovisão tem, por décadas, sido que o universo não nos tinha em mente – que existimos como uma partícula cósmica infinita dentro de uma vasta arena cósmica. Nos últimos anos, no entanto, novos insights viraram esse paradigma de cabeça para baixo. Agora vemos evidências de que a vida foi planejada e intencionada (Salmo 19).

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