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Pergunta

Quem foi o rei Manassés na Bíblia?

Resposta


A história do rei Manassés é contada em 2 Reis 21:1-18 e 2 Crônicas 32:33-33:20, e ele também é mencionado brevemente em Jeremias 15:4. Manassés era rei do reino do sul de Judá e filho do piedoso rei Ezequias. Ezequias havia empreendido reformas em Judá para livrar a terra da idolatria. Manassés, um rei perverso, reverteu essas reformas e fez muito pior. Os primeiros cinco versículos de 2 Reis 21 são um relato franco e impressionante da apostasia de Manassés:

"Manassés tinha doze anos quando começou a reinar, e reinou cinquenta e cinco anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Hefzibá. Ele fez o que era mau diante do SENHOR, conforme as abominações das nações que o SENHOR havia expulsado da presença dos israelitas. Porque voltou a edificar os altares das colinas que seu pai Ezequias havia destruído, levantou altares a Baal, fez um poste-ídolo como o que Acabe, rei de Israel, havia feito e adorou todo o exército do céu e o cultuou. Edificou altares no templo do SENHOR, sobre o qual o SENHOR tinha dito: Em Jerusalém estabelecerei o meu nome. Também edificou altares a todo o exército do céu em ambos os pátios do templo do SENHOR." Embora não nos sejam dados detalhes específicos, Manassés também foi um rei traiçoeiro, matando pessoas inocentes: "Além disso, Manassés derramou muito sangue inocente, até que encheu Jerusalém de um a outro extremo" (2 Reis 21:16). Ele foi considerado por Deus mais perverso do que os amorreus que viviam em Canaã antes de serem expulsos por Israel em um ato de julgamento de Deus (2 Reis 21:11; veja também 2 Crônicas 33:9).

Manassés não apenas pecou pessoalmente, mas, como rei, liderou Judá no abandono do Senhor e na adoração de ídolos. A extensão do pecado deles foi tão grande que Deus declarou que exterminaria Jerusalém como havia feito com o reino do norte de Israel (2 Reis 21:13-15). Jeremias 15:4 observa que foi o pecado de Judá, iniciado por Manassés, que trouxe o julgamento que Jeremias proclamou (a destruição de Jerusalém e do templo e o exílio do povo). De acordo com a tradição judaica, foi o rei Manassés que assassinou o profeta Isaías.

Segundo Crônicas 33 acrescenta mais informações não registradas em 2 Reis. Deus procurou Manassés e o povo (presumivelmente por meio de profetas), mas eles não quiseram ouvir. Então Deus enviou os assírios que capturaram Manassés e o levaram para o exílio (2 Crônicas 33:11). Enquanto estava no exílio, "em sua angústia, ele suplicou ao SENHOR, seu Deus, e humilhou-se muito diante do Deus de seus pais. Quando ele orou, Deus foi favorável e atendeu-lhe a súplica, e o levou de volta a Jerusalém, ao seu reino. Então Manassés reconheceu que o SENHOR era Deus" (2 Crônicas 33:12-13). O livro apócrifo "Oração de Manassés" afirma registrar a oração de arrependimento de Manassés, mas é altamente improvável que o conteúdo da Oração de Manassés represente com precisão a oração de Manassés.

O arrependido Manassés foi restaurado em seu reino e começou a reconstruir Judá militarmente (2 Crônicas 33:14), e também começou a instituir reformas religiosas. "Tirou os deuses estrangeiros e o ídolo do templo do SENHOR, como também todos os altares que tinha construído no monte do templo do SENHOR e em Jerusalém, e os jogou para fora da cidade. Também reformou o altar do SENHOR e ofereceu sacrifícios de ofertas pacíficas e de ações de graças sobre ele; e ordenou a Judá que servisse ao SENHOR, Deus de Israel" (2 Crônicas 33:15-16).

Embora Manassés tenha se convertido pessoalmente, ele nunca foi capaz de tirar Judá do pecado em que os havia levado anteriormente. Eles não o seguiram em suas reformas. O povo continuou em sua idolatria (2 Crônicas 33:17) e, quando Manassés morreu, seu filho Amom "fez o que era mau diante do SENHOR, como seu pai Manassés. Amom sacrificou a todas as imagens esculpidas que seu pai Manassés tinha feito, e as cultuou. Mas não se humilhou diante do SENHOR, como seu pai Manassés tinha-se humilhado; pelo contrário, Amom multiplicou os seus delitos" (2 Crônicas 33:22-23).

Manassés é uma figura trágica nas Escrituras. Embora tenha se arrependido de seu pecado, ele não conseguiu desfazer o dano que causou à nação ou ao próprio filho que o seguiu. Manassés demonstra que, embora qualquer pecado possa ser perdoado quando nos arrependemos, o perdão não necessariamente remove as consequências naturais que decorrem da desobediência.

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