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Pergunta

Quem são os Shakers?

Resposta


Os Shakers, formalmente a Sociedade Unida de Crentes na Segunda Aparição de Cristo, são uma seita cristã que combina elementos do quakerismo e práticas de adoração carismáticas. Suas crenças podem ser difíceis de codificar, pois todos os congregantes têm permissão para profetizar e todas as profecias são consideradas inspiradas.

História: Os Shakers se separaram da Sociedade Religiosa de Amigos (os Quakers) em 1747 na Inglaterra. O nome mais informal é uma contração de "shaking Quakers", pois eles foram fortemente influenciados pelos carismáticos franceses que fugiram para a Inglaterra para evitar a perseguição. Os primeiros shakers foram Jane e James Wardley, ex-quakers que alegavam ter recebido uma ordem divina para iniciar a única igreja verdadeira. Ann Lee tornou-se uma devota convertida e juntou-se ao grupo. Enquanto estavam na Inglaterra, os Shakers eram frequentemente presos por perturbar a paz (muitas vezes em outros cultos da igreja) e perseguidos por suas crenças. Ann e oito de seus seguidores imigraram para a América em 1774 para escapar da perseguição. Seis anos depois, eles absorveram os membros de um reavivamento fracassado e anunciaram que o milênio havia começado.

Quando a Guerra Revolucionária começou, muitos Shakers foram presos devido à origem inglesa do grupo, à crença no pacifismo e à recusa em fazer juramentos. Apesar da oposição, o número de membros aumentou por meio de proselitismo, adoção e aceitação de crianças contratadas. Muitos foram atraídos pelos ideais utópicos dos Shakers, pela vida em comunidade e pelas oportunidades de liderança para as mulheres. Seu número chegou a 6.000 em determinado momento, mas o número de membros diminuiu posteriormente, em grande parte devido à insistência no celibato e às leis que proibiam a adoção por organizações religiosas. Em 2011, havia apenas três Shakers conhecidos nos Estados Unidos. Várias comunidades Shaker antigas se tornaram museus.

Crenças: Os Shakers tinham quatro crenças básicas: celibato (eles ensinavam que a relação sexual é a raiz do pecado), comunhão cristã, confissão de pecados e separação do mundo. A influência quaker foi observada na forma de pacifismo, na rejeição do clero ordenado e na prática da adoração "guiada pelo Espírito". Os shakers também pregavam a importância do arrependimento, já que o milênio era iminente.

A líder Shaker mais influente, Ann Lee, havia perdido quatro filhos ainda bebês e alegava ter recebido mensagens de Deus dizendo que o sexo era maléfico. Como resultado, a abstinência era exigida na igreja como preparação para o céu, onde não haveria casamento. A crença Shaker era exclusivamente igualitária em termos de gênero; a esposa estava sujeita ao marido, mas se não tivesse marido, era igual em todos os aspectos aos homens (o marido de Ann Lee a abandonou logo após sua chegada à América). Essa neutralidade de gênero também se refletiu na crença Shaker de que Deus é tanto masculino quanto feminino. Jesus era visto como a manifestação masculina de Deus e o líder da primeira Igreja Cristã. O Espírito Santo é Cristo, que é separado de Jesus. A Mãe Ann Lee era a manifestação feminina de Deus, a segunda vinda de Cristo, a líder da segunda Igreja Cristã e a Noiva de Jesus. Os shakers acreditavam que a salvação se baseava na obediência por meio de quatro dispensações históricas: a circuncisão na época dos patriarcas, a Lei Mosaica, o caminho da cruz e seguir a Deus no novo reino.

Estilo de adoração: Como os Shakers eram carismáticos, seus cultos incluíam muitas profecias e o falar em línguas. Eles também dançavam e se sacudiam. Qualquer pessoa, independentemente de gênero, classe ou educação, podia pregar ou profetizar. A música era especialmente importante na adoração Shaker, e as revelações podiam assumir a forma de novas canções. A dança extática e o falar espontâneo em línguas foram posteriormente padronizados e desenvolvidos em hinos e danças que os Shakers apresentavam regularmente. A música Shaker influenciou artistas modernos como Aaron Copland, R.E.M., Weezer e Joel Cohen.

Estilo de vida: Os Shakers viviam juntos em comunidades afastadas das influências mundanas. Cada comunidade era governada por dois homens e duas mulheres. Eles eram estritamente celibatários; homens e mulheres viviam em dormitórios separados, reunindo-se durante o dia para adorar e trabalhar. Até mesmo o trabalho era geralmente segregado. Sua ênfase na comunidade em detrimento da família como unidade social primária resultou em muita suspeita entre as pessoas de fora. Por outro lado, sua simplicidade, autossuficiência, produtividade e habilidade artesanal eram altamente respeitadas.

Arte e arquitetura: Atualmente, os Shakers talvez sejam mais conhecidos por suas invenções e trabalhos em madeira do que por sua religião. Seus projetos faziam parte de um movimento arquitetônico maior conhecido como Craftsman ou Arts and Crafts, que enfatizava linhas fortes, mão de obra de alta qualidade e materiais naturais. Os móveis feitos pelos Shakers são bonitos, funcionais e sem ostentação. As invenções dos Shakers incluem a serra circular, o prendedor de roupa, a vassoura moderna e muitos outros itens que usamos até hoje.

Conclusão: Teologicamente, os Shakers são um culto legalista desenvolvido por uma mulher enganada e emocionalmente ferida. Sua prática de vida em comunidade não era pecaminosa, apenas desnecessária. Sua equiparação do sexo com o pecado, entretanto, é decididamente antibíblica. As práticas de adoração dos shakers são antibíblicas na medida em que são influenciadas por crenças heréticas. Jesus é o Cristo. O Espírito Santo não é. Ann Lee não era a segunda vinda de Cristo e não era a manifestação feminina de Deus. O Espírito Santo jamais influenciaria alguém a profetizar contra as Escrituras.

As contribuições mais importantes dos Shakers para a sociedade são os belos móveis, os dispositivos mecânicos e a arquitetura. As crenças teológicas dos Shakers devem ser evitadas.

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