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Pergunta

Como posso evitar habilitar ou facilitar o pecado de outra pessoa?

Resposta


“Habilitar” o pecado é encorajar que alguém continue no pecado, fortalecer a sua capacidade de pecar ou tornar mais fácil que peque. Em nossa posição pela justiça, queremos evitar habilitar os pecados dos outros. As relações humanas podem ser complexas, e há muitas situações que podem levar à participação involuntária no pecado do outro. Em um casamento, um dos cônjuges pode ser levado ao pecado em um esforço para apaziguar o outro. Amigos e parentes são as avenidas que Satanás frequentemente usa para nos atrair a participar de um pecado que de outra forma evitaríamos (1 Coríntios 15:33; Provérbios 22:24). No entanto, ninguém tem o poder de fazer outra pessoa pecar. O pecado é uma condição do coração (Mateus 15:18-19). E cada um de nós é responsável pelas escolhas que fazemos e pela condição de nossos próprios corações (Romanos 14:12; Mateus 12:36).

Permitir o pecado de alguém é o mesmo que participar indiretamente dele, e 1 Timóteo 5:22 diz: “Não te tornes cúmplice de pecados de outrem.” Se a Bíblia tem um mandamento, temos o poder de obedecê-lo. Muitas vezes não percebemos que temos o direito e a responsabilidade de estabelecer limites pessoais que honrem a Deus. Aprender a estabelecer limites saudáveis para nós mesmos é crucial para vivermos a vida vitoriosa que Jesus deseja para nós (João 10:10; Romanos 8:37). Os limites definem onde nossas responsabilidades começam e terminam. Quando conhecemos os limites, somos responsáveis por aplicá-los. Por exemplo, se um amigo insistir que você dirija o carro de fuga em um assalto, você não precisa decidir. A decisão já foi tomada quando você escolheu seguir a Cristo. Jesus diz que roubar é errado, então você não permitirá o roubo. A participação no pecado não é uma opção para um cristão (Romanos 6:1-2; 1 João 3:9).

Evitar o pecado requer que busquemos a sabedoria de Deus. Felizmente, temos a promessa de Tiago 1:5: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.” Quando recebemos a sabedoria de Deus sobre uma situação, nossa responsabilidade é seguir em frente com base nessa sabedoria. Uma maneira de ganhar coragem para tomar decisões corretas é nos perguntar o que faríamos se Jesus estivesse bem ao nosso lado. Se não avançaríamos com Jesus, então não é a decisão certa, independentemente de quem esteja nos incentivando a participar.

Uma maneira de possibilitar o pecado dos outros é resgatá-los de suas consequências legítimas. Deus usa as consequências para nos ensinar lições que de outra forma não aprenderíamos. Quando um cristão permite que seus amigos o convençam a ir a um lugar que sabe que levará a um comportamento pecaminoso da parte deles, então está participando do pecado dos outros. Damos aos outros liberdade para fazer suas próprias escolhas, mas também devemos permitir que colham as devidas consequências (Gálatas 6:7). Muitas vezes permitimos o pecado dos outros por causa de um falso senso de compaixão ou porque queremos ser necessários. Há um lugar para a graça, mas ao proteger constantemente alguém das consequências naturais do pecado, roubamos dessa pessoa a sabedoria que Deus queria transmitir a ela. Nunca é fácil ver um ente querido passar por dificuldades, mas às vezes a dificuldade é exatamente o que Deus quer usar para ensinar uma importante lição de vida.

Às vezes, o pecado de habilitação pode acontecer de maneiras sutis. Quando acenamos com a cabeça ao ouvir fofocas, em vez de denunciá-las, habilitamos o pecado. Quando damos dinheiro a um amigo que suspeitamos estar usando para coisas erradas, habilitamos o pecado. Mesmo quando estamos ajudando com as contas necessárias, ainda podemos estar permitindo o pecado quando sabemos que nosso amigo está apenas passando por necessidade porque desperdiçou seu próprio dinheiro em jogos de azar/drogas/satisfação materialista/etc. Convidar amigos para assistir a um filme conosco sabendo que isso pode desencadear alguns de seus problemas pecaminosos também nos torna um facilitador do pecado. Não precisamos policiar os pecados dos outros, mas quando estamos cientes de suas lutas, certamente não devemos convidá-los a situações tentadoras; em vez disso, devemos nos aproximar para ajudar.

Assim como os outros têm liberdade para fazer suas próprias escolhas, nós também temos liberdade para escolher e podemos escolher não participar do pecado dos outros. Muitas vezes nos permitimos ser puxados para o pecado de outra pessoa porque tememos perder um relacionamento. Ao fazermos isso, permitimos que essa pessoa ocupe o lugar de Deus em nossos corações. Quando o desejo de outra pessoa substitui o desejo de Deus, caímos na idolatria (Êxodo 20:3; 34:14). Podemos evitar permitir o pecado de outra pessoa tomando uma decisão final sobre quem dirige nossas vidas. Se entregamos nossas vidas a Cristo, então Ele é a autoridade final em qualquer decisão (2 Coríntios 10:5; Atos 5:29). Se Jesus não facilitaria o pecado de outra pessoa, então nós também não deveríamos.

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