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Pergunta

O que é uma mandala no hinduísmo?

Resposta


Mandala é a palavra em sânscrito para "círculo". O termo mandala foi introduzido nas religiões budista e hindu como um auxílio à meditação. Uma mandala é uma forma vagamente circular com padrões repetitivos. Algumas mandalas incluem um quadrado com quatro "portões" dentro do círculo. Cada portão tem um ponto central em forma de T. Para um budista ou hinduísta, a mandala representa um cosmo dentro do universo. Ela é considerada uma forma de arte sagrada com significado espiritual. Na cultura ocidental, as mandalas são frequentemente encontradas em diagramas, gráficos ou desenhos geométricos. As mandalas são formas de arte populares recentemente usadas em livros de colorir para adultos. Elas são complexas e bonitas depois que a cor é adicionada. Mas será que esses símbolos religiosos devem ser aceitos pelos cristãos como formas de arte ou páginas para colorir?

No hinduísmo, as mandalas têm significado religioso e político. Seus desenhos intrincados podem simbolizar várias formas de poder no governo, bem como foco espiritual e unidade. Uma mandala pode representar um sistema governamental e pode ser usada quase como um mapa de uma determinada infraestrutura política. Na religião, a mandala em si não é vista como tendo poderes sobrenaturais, como um ídolo poderia ter. Ela é apenas uma ferramenta usada pelos hindus para ajudá-los a se concentrar, "centrar" e meditar. Muitas mandalas tradicionais incluem representações de uma flor de lótus, que é sagrada no hinduísmo e em algumas outras religiões falsas. Os intrincados desenhos encontrados em uma mandala têm significado para os hindus devotos, mas esse significado geralmente não é percebido pelo público em geral. Como o hinduísmo é uma religião de definição muito vaga, as mandalas também não têm uma definição ou uso rigoroso.

Surge a questão de saber se os cristãos devem evitar as mandalas por causa de sua importância na religião falsa. Algumas pessoas acreditam que a associação da mandala com o paganismo exige que os cristãos a evitem da mesma forma que evitariam um ídolo esculpido. Como um ídolo é um representante de uma religião sem Deus e acredita-se que tenha poderes sobrenaturais, ele não deve ser apreciado de forma alguma pelos seguidores de Jesus. Outras pessoas desconhecem completamente os vínculos religiosos da mandala e simplesmente apreciam a beleza e a complexidade dos desenhos. E alguns cristãos ficam no meio desses dois pontos de vista: eles estão cientes das origens budistas e hindus das mandalas, mas não veem problema em apreciá-las como projetos de colorir ou em outras formas artísticas. Uma vez que não há nenhum significado religioso ligado ao uso da mandala por um cristão, a imagem é errada em si mesma?

A resposta para o fato de uma mandala ser ou não errada tem a ver com a consciência e a motivação de cada um. Paulo aborda algumas questões semelhantes em detalhes em Romanos 14. Em sua época, a questão era se os cristãos deveriam ou não celebrar o sábado ou comer alimentos oferecidos a ídolos. As pessoas na igreja estavam tomando partido e criando divisões. Cada facção esperava que o apóstolo ficasse do lado deles e dissesse aos outros o quanto estavam errados. Em vez disso, Paulo escreveu: "Um crê que pode comer de tudo, e outro, que é fraco, come só verduras e legumes. Quem come não despreze quem não come; e quem não come não julgue quem come; pois Deus o acolheu" (Romanos 14:2-3). Ele continuou dizendo: "Uma pessoa considera um dia mais importante do que outro, mas outra julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua mente" (versículo 5).

Sua conclusão foi que "a fé que tens, guarda-a contigo mesmo diante de Deus. Feliz é aquele que não se condena naquilo que aprova. Mas o que tem dúvidas é condenado se comer, pois o que ele faz não provém da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado" (Romanos 14:22-23). Paulo enfatizou a importância de se ter uma consciência limpa em assuntos que não eram claramente pecaminosos.

Quando aplicamos esse princípio às mandalas, nossa postura deve ser: "O que Deus quer que eu faça? Minha consciência me incomoda quando aprecio uma mandala?" Se não pudermos colorir, pintar ou apreciar mandalas sem pensar nas práticas religiosas hindus, então isso é errado para nós. Mas o fato de a consciência de uma pessoa condená-la não significa que a consciência de outras pessoas também esteja condenada. Por outro lado, se estivermos hospedando um ex-hindu que equipara as mandalas a uma religião falsa, então pode ser ofensivo para nós exibir nossa coleção de mandalas. Isso poderia fazer com que um irmão tropeçasse (1 Coríntios 8:13). Nossa maior prioridade deve ser sempre a unidade, a pureza e fazer tudo para a glória de Deus (1 Coríntios 10:31).

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