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Pergunta

Qual é o significado da oliveira na Bíblia?

Resposta


A oliveira é mencionada com frequência na Bíblia, desde a época do dilúvio, quando a pomba da arca trouxe um ramo de oliveira para Noé, até Apocalipse 11:4, onde as duas testemunhas são representadas como duas oliveiras. Como uma das árvores mais valiosas e úteis conhecidas pelos antigos judeus, a oliveira é significativa por vários motivos na Bíblia. Sua importância em Israel é expressa na parábola de Jotão em Juízes 9:8-9: "Certa vez, as árvores foram ungir um rei para si. E disseram à oliveira: Tu reinarás sobre nós. Mas a oliveira lhes respondeu: Deveria eu renunciar ao meu azeite, que os deuses e os homens apreciam em mim, para dominar sobre as árvores?"

Bastante comum na Terra Santa, a oliveira é uma árvore perene com várias ramificações, tronco nodoso, casca lisa cor de cinza e folhas oblongas de couro verde prateado. As oliveiras maduras e cultivadas atingem 6 ou mais metros de altura e produzem pequenas flores amarelas ou brancas por volta do primeiro dia de maio. Quando as flores começam a cair, as azeitonas, o fruto da árvore, começam a se formar. No início, o fruto é verde, mas se transforma em uma cor profunda, azul-preta ou verde-escura quando as azeitonas estão totalmente maduras e são colhidas no início do outono.

No antigo Oriente Próximo, as oliveiras eram uma fonte essencial de alimentos (Neemias 9:25), óleo para lâmpadas (Êxodo 27:20), remédios (Isaías 1:6; Lucas 10:34), óleo para unção (1 Samuel 10:1; 2 Reis 9:3), óleo para sacrifícios (Levítico 2:4; Gênesis 28:18) e madeira para móveis (1 Reis 6:23, 31-33).

Uma planta de crescimento extremamente lento, a oliveira requer anos de trabalho paciente para alcançar a frutificação plena. Por ser adequada para crescer no clima mediterrâneo, a oliveira desempenhou um papel importante na economia da região. A parte externa e carnuda do fruto de formato oval é o que produz a valiosa mercadoria do azeite de oliva. Ainda hoje, o azeite de oliva é considerado bom para a saúde.

A oliveira e o ramo de oliveira têm sido símbolos de paz e reconciliação desde o relato do dilúvio de Noé. Quando a pomba trouxe a Noé "uma folha nova de oliveira", o ramo de oliveira representava uma nova vida brotando na terra (Gênesis 8:11). A oliveira estava viva e crescendo. A promessa do ramo de oliveira da pomba era um novo começo para a humanidade, paz e reconciliação com Deus, renovação e avivamento. O crescimento lento e vigoroso da oliveira também implica estabelecimento e paz. Algumas das oliveiras mais antigas do mundo ainda crescem hoje no Jardim do Getsêmani, no Monte das Oliveiras.

A oliveira em flor é um símbolo de beleza e abundância na Bíblia. A fecundidade e a capacidade de prosperar da árvore sugerem o modelo de uma pessoa justa (Salmo 52:8; Oséias 14:6), cujos filhos são descritos como "brotos de oliveira ao redor da tua mesa" (Salmo 128:3). O azeite de oliva também era usado na unção e coroação de reis, tornando-o um emblema de soberania.

O óleo de oliveira simboliza a unção do Espírito Santo, pois era usado como veículo para uma mistura de especiarias que compunham o óleo sagrado da unção. Em Zacarias 4, o profeta tem uma visão de duas oliveiras de cada lado de um candelabro de ouro maciço. As oliveiras fornecem o óleo que alimenta as lâmpadas. As duas oliveiras representam Zorobabel e Josué, o governador e o sumo sacerdote. O Senhor os incentiva a não confiarem em recursos financeiros ou militares, mas no poder do Espírito Santo de Deus operando por meio deles (versículo 6). Como em outras analogias do Antigo Testamento, o Espírito Santo de Deus é representado pelo óleo da oliveira.

O processo pelo qual as azeitonas são batidas e esmagadas para produzir o azeite de oliva também tem um significado espiritual. Jesus Cristo foi batido e esmagado na cruz para que Seu Espírito Santo fosse derramado sobre a igreja após Sua ascensão ao céu. Em essência, Jesus Cristo é a oliveira de Deus, e o Espírito Santo, Seu azeite de oliva. Não é mera coincidência que a oração agonizante de Cristo, pouco antes de ser preso, tenha ocorrido no Getsêmani, um lugar com muitas oliveiras e cujo nome significa "prensa de azeitonas".

Deus usa a imagem de uma oliveira em Jeremias 11:16-17 para lembrar Seu povo do relacionamento de aliança que Ele tem com eles. O povo de Deus (a nação de Israel) é retratado como uma oliveira e Deus como o agricultor. Ele os plantou como uma bela oliveira, mas advertiu que os cortaria se desobedecessem às Suas leis e adorassem falsos deuses. O apóstolo Paulo faz uso dessa imagem para ensinar uma lição aos crentes gentios em Romanos 11:17-24. Paulo escolhe a oliveira cultivada para retratar Israel e a oliveira brava para representar os crentes gentios. A oliveira cultivada é podada e nutrida para que dê muitos frutos. Os ramos infrutíferos e ineficazes são podados e descartados, mas a raiz permanece intacta. Deus preservou a raiz santa de Israel e podou os ramos inúteis.

Os gentios, representados pela oliveira brava em Romanos 11, foram enxertados na raiz da oliveira cultivada. Como uma oliveira selvagem, sua raiz era fraca. Seus ramos eram incapazes de dar frutos até que fossem enxertados na raiz nutritiva e vital da oliveira cultivada. Os crentes gentios agora compartilham das bênçãos de Israel, mas Paulo adverte: "Não te glories contra os ramos. Mas se te gloriares contra eles, lembra-te de que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti". Paulo quer que os crentes gentios entendam que eles não substituíram Israel. Deus fez uma coisa maravilhosa pelos gentios, mas Israel ainda é a nação escolhida por Deus e a fonte das riquezas da salvação que os gentios agora desfrutam.

Jesus Cristo, o Messias de Israel, é a raiz de Jessé, ou a raiz da oliveira cultivada. Dele, Israel e a Igreja extraem sua vida.

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