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Pergunta

Se eu não sentir culpa por meu pecado, estou realmente salvo?

Resposta


Um verdadeiro crente produzirá certas evidências de sua fé por meio de suas ações e atitudes, mas não devemos determinar nosso status espiritual com base em nossos sentimentos, inclusive o sentimento de culpa. Um cristão naturalmente será sensível ao pecado e estará disposto a confessá-lo (1 João 1:9), mas os sentimentos de culpa não são uma medida verdadeira da posição de alguém perante Deus.

Os sentimentos são temporários e muitas vezes irracionais. Eles mudam com frequência. Nossa salvação é uma posição de retidão em que Deus nos coloca pelo Seu poder (João 1:11-13) ao habitar em nós com o Espírito Santo por meio da fé em Jesus Cristo (Romanos 8:9-11). O nível de sentimentos de culpa ou de contrariedade que uma pessoa experimenta é um barômetro subjetivo demais para avaliar se ela foi regenerada pelo Espírito Santo de Deus.

Se tentarmos avaliar a autenticidade de nossa salvação pelo grau de culpa que sentimos em relação ao nosso pecado, então nos deparamos com uma pergunta: Quanta culpa é necessária para garantirmos nosso lugar no céu? Mesmo a pessoa mais contrita pode não se sentir culpada o suficiente - mas quem pode dizer? A Bíblia deixa claro que a fé em Jesus Cristo é o único critério para ser considerado um dos filhos de Deus (João 1:12). Biblicamente, a verdadeira fé será acompanhada por vários atributos divinos. O principal deles é o fruto do Espírito (Gálatas 5:20-22). Se estiver questionando a genuinidade de sua fé, verificar esse fruto pode ser um bom ponto de partida. Em seguida, leia o livro de 1 João.

Se o seu comportamento e a sua atitude não mudaram muito desde a sua conversão, talvez você precise reavaliar a sua sinceridade em relação à fé que afirma. O mesmo se aplica se você nunca se sente culpado por nada e pode pecar impunemente. Mas tenha em mente que sua salvação é obra de Deus; não é um nível de comportamento que você precisa se esforçar para alcançar (Efésios 2:8-9).

O amadurecimento como cristão envolve uma maior sensibilidade em relação ao pecado; não vamos querer pecar (ver Salmo 19:12-13; 39:1). À medida que nos tornarmos mais semelhantes a Cristo, o Espírito Santo nos transformará em vasos úteis para o avanço do reino de Deus na Terra. O aumento de nossas inibições contra comportamentos e pensamentos pecaminosos é facilitado ao nos familiarizarmos intimamente com a Palavra de Deus (2 Timóteo 3:16-17).

Ao mesmo tempo, precisamos nos certificar de que estamos definindo corretamente o que chamamos de "pecado". É possível classificar como pecado algo que não é pecado, criando assim uma falsa culpa. Nossa visão sobre esse tópico pode depender de nossa formação e de quem está nos influenciando atualmente. Algumas igrejas são legalistas por natureza, e sua liderança exige que os membros sigam padrões rígidos e extrabíblicos para se livrarem da culpa. O resultado é inevitavelmente mais culpa. Devemos nos basear nas Escrituras para definir o pecado e devemos diferenciar as exigências do Antigo Testamento dos princípios do Novo Testamento. É importante dividir corretamente a Palavra de Deus (2 Timóteo 2:15).

Deus quer que produzamos o fruto do Espírito. O amor deve estar em nosso coração, juntamente com a alegria, a paz, a paciência, a amabilidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão e o autocontrole. Não devemos nos sentir culpados pelos pecados que foram confessados e perdoados. "No amor não existe medo; pelo contrário, o perfeito amor lança fora o medo. Porque o medo envolve castigo, e quem teme não é aperfeiçoado no amor" (1 João 4:18). Nunca seremos perfeitos nesta vida, mas a vida dos crentes deve ser caracterizada por ações e atitudes que agradem a Deus.

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