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Pergunta

O que é unidade em Cristo?

Resposta


A unidade é um estado de unidade e harmonia. Todos os crentes em Cristo estão unidos em Cristo. Estamos em um relacionamento que nos une a Ele e a todos os outros crentes.

Jesus orou por Seus discípulos - todos os que acreditariam nEle em todas as eras - "para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti" (João 17:21). Alguns observam as grandes divisões entre as denominações cristãs e se referem a isso como a grande "oração não respondida" de Cristo. No entanto, as Escrituras deixam claro que todos os crentes estão unidos a Cristo por causa de nosso relacionamento com Ele e com todos os outros crentes. Somos todos da mesma família, mesmo que às vezes não ajamos como tal. Portanto, a unidade em Cristo tem dois aspectos - um é um fato objetivo e o outro é uma experiência subjetiva.

A unidade objetiva e subjetiva pode ser verdadeira para qualquer número de grupos, equipes ou até mesmo famílias. Todos os membros de um time de futebol são unificados por sua participação no grupo. Eles não ganham ou perdem jogos individualmente. Os indivíduos contribuem para o grupo, mas é o grupo que ganha ou perde - esse é o fato objetivo. Entretanto, pode haver momentos em que a equipe não aja de forma unificada. O egoísmo e a rivalidade podem surgir e, quando isso acontece, é impossível para a equipe agir como uma unidade - esse é o aspecto subjetivo. O comportamento dos indivíduos da equipe não está correspondendo ao fato de sua unidade com todos os outros membros da equipe.

Todos os que acreditam em Cristo fazem parte de Seu corpo, a igreja. O Novo Testamento é claro quanto a isso. Efésios 5:30 diz isso claramente: "pois somos membros do seu corpo". Quer o cristão sinta isso ou não, ele faz parte do corpo de Cristo e, portanto, está unificado com todos os outros crentes. Paulo usa a analogia do corpo em 1 Coríntios 12:12-21:

"Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito. O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos.

"Se o pé disser: 'Porque não sou mão, não pertenço ao corpo', nem por isso deixa de fazer parte do corpo. E se o ouvido disser: 'Porque não sou olho, não pertenço ao corpo', nem por isso deixa de fazer parte do corpo. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato? De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, há muitos membros, mas um só corpo.

"O olho não pode dizer à mão: 'Não preciso de você!' Nem a cabeça pode dizer aos pés: 'Não preciso de vocês!'"

O corpo humano é um todo unificado. Se uma parte não funciona bem, o corpo todo sofre. Se uma pessoa esmaga o polegar com um martelo, não é apenas o polegar isoladamente que dói. Outras partes do corpo também podem se machucar, e o funcionamento de todo o corpo é prejudicado. Isso é verdade mesmo quando a pessoa não sabe que a parte está funcionando mal. Se um órgão interno não estiver funcionando adequadamente, pode haver danos ao corpo antes que haja qualquer dor ou doença óbvia.

Da mesma forma, a igreja tem unidade em Cristo. Como parte de Seu corpo, cada membro tem um trabalho específico a fazer e um lugar ao qual pertencer. Quando um membro individual não está cumprindo seu propósito no corpo, todo o corpo sofre. Todos os membros estão unidos e, por causa dessa unidade, quando alguém age de forma individualista ou egoísta (ou seja, age como se não fizesse parte do corpo), todo o corpo sofre porque, independentemente de suas ações, o membro individual ainda está em unidade com todos os outros no corpo.

Muitos dos mandamentos do Novo Testamento orientam os cristãos a viverem de acordo com sua posição e demonstrarem sua unidade em Cristo. Os cristãos não são ordenados a se tornarem um em Cristo - isso já é uma realidade objetiva. Os cristãos são instruídos a fazer com que sua experiência subjetiva corresponda ao fato objetivo. Paulo suplica aos filipenses por esse tipo de unidade: "Se por estarmos em Cristo, nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros" (Filipenses 2:1-4). Se os cristãos, que são membros do mesmo time, se veem competindo uns com os outros, então não estão jogando como companheiros de equipe. Eles não estão vivendo à luz da unidade que existe.

A unidade em Cristo significa que todos os crentes estão em um relacionamento com Cristo e, por extensão, com todos os outros crentes. Todos os crentes estão unidos uns aos outros, quer saibam disso ou não, quer gostem ou não, quer se sintam assim ou não. O desafio da unidade cristã é viver de acordo com a verdade dessa realidade. Como somos todos membros de um só corpo, precisamos viver como tal. Isso significa subordinar nossas necessidades individuais às necessidades do corpo como um todo e usar nossos dons individuais para o bem de todo o corpo.

A unidade em Cristo não significa que todas as diferenças entre igrejas ou denominações precisem ser abolidas. As igrejas e denominações individuais podem manter suas distinções e ênfases individuais e, ao mesmo tempo, trabalhar juntas nas áreas em que concordam. Por exemplo, uma igreja evangélica batista e uma igreja evangélica presbiteriana estarão de acordo sobre o evangelho e os fundamentos da fé, mas, devido às diferentes crenças sobre o batismo, seria impossível que essas duas igrejas simplesmente se unissem como uma única igreja. Pode ser possível que uma igreja assuma uma posição neutra sobre o batismo infantil; no entanto, é difícil ver como uma igreja poderia ensinar que os pais devem batizar seus bebês (como fazem as igrejas presbiterianas) e, ao mesmo tempo, ensinar que os pais não devem batizar seus bebês (como nas igrejas batistas). Embora esses dois grupos nunca possam se unir como uma única igreja local ou denominação, eles ainda podem cooperar em outros esforços ministeriais, e os indivíduos de cada corpo local podem ter comunhão e amar uns aos outros.

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