Pergunta: Por que Abraão negociou com Deus em relação a Sodoma e Gomorra (Gênesis 18)?
Resposta:
Quando Deus revelou o Seu plano de destruir Sodoma e Gomorra devido à maldade dessas cidades, Abraão pediu a Deus que poupasse as pessoas. De fato, Abraão teve uma longa conversa para mediar em favor das cidades.
Primeiro, Abraão queria que Deus poupasse as pessoas justas que viviam em Sodoma e Gomorra. Ele perguntou: "Destruirás o justo com o ímpio? Se houver cinquenta justos na cidade, destruirás e não pouparás o lugar por causa dos cinquenta justos que ali estão? Longe de ti fazer tal coisa, matar o justo com o ímpio, igualando o justo ao ímpio; longe de ti fazer isso! Não fará justiça o juiz de toda a terra?" (Gênesis 18:23-25).
Em segundo lugar, o sobrinho de Abraão, Ló, vivia em Sodoma. Deus poupou Ló e suas duas filhas, talvez como resultado direto do pedido de Abraão. Gênesis 19:29 declara: "Aconteceu que, quando Deus acabou com as cidades da planície, lembrou-se de Abraão e tirou Ló do meio da destruição, ao devastar as cidades onde Ló havia habitado." Abraão certamente queria ver sua própria família protegida do julgamento de Deus.
Terceiro, Abraão teve compaixão pelo povo de Sodoma e Gomorra. Embora entendesse o julgamento de Deus sobre o pecado, Abraão pediu a Deus que poupasse a cidade, mesmo que houvesse apenas dez pessoas justas (Gênesis 18:32). Deus concordou em poupar a cidade por causa de dez justos. Aparentemente, foram encontrados menos de dez justos, pois Deus destruiu as cidades, poupando apenas Ló e suas duas filhas. (Deus também planejou resgatar a esposa de Ló, mas ela morreu quando desobedeceu a Deus e voltou para olhar a cidade enquanto ela estava sendo destruída).
A compaixão de Abraão pelo povo de Sodoma e Gomorra revela o coração de um homem que se importava muito com os outros, inclusive com aqueles que não seguiam a Deus. De fato, os visitantes angelicais que visitaram Ló foram ameaçados por homens de Sodoma que desejavam ter relações sexuais com eles. Embora os cidadãos de Sodoma fossem perversos, Abraão não desejava ver sua destruição.
Assim como Abraão, somos chamados a ter grande compaixão pelos outros, inclusive por aqueles cuja vida não segue os caminhos de Deus. Além disso, devemos, em última instância, aceitar os julgamentos de Deus, mesmo quando Suas decisões não forem as escolhas que desejamos.
O pedido de Abraão para que essas cidades fossem poupadas foi negado. Às vezes, Deus também diz "não" aos nossos pedidos, mesmo quando oramos com boas intenções. O Senhor pode ter outros planos que não entendemos, mas que fazem parte de Sua perfeita vontade.
Por fim, considere como Deus atendeu ao pedido de Abraão ao resgatar Ló e suas filhas. Embora a obra mediadora de Abraão não tenha resultado na preservação das cidades, ela trouxe a salvação do sobrinho de Abraão. As orações de Abraão em favor de outras pessoas eram importantes, assim como nossas orações são hoje.