Pergunta: Quais são alguns pontos em comum nas religiões orientais?
Resposta:
Entre as tradições religiosas classificadas como religião oriental, o hinduísmo e o budismo da Índia, e o confucionismo e o taoismo da China, estão entre as maiores e mais influentes. O sikhismo e o jainismo, da Índia, e o xintoísmo, nativo do Japão, também são considerados religiões orientais, mas são menores, mais regionais e tiveram menos impacto global. Embora o hinduísmo, o budismo, o confucionismo e o taoismo tenham crenças, valores e práticas únicas, eles também compartilham certas características. Essas características incluem o foco na redução e na fuga do sofrimento nesta vida, o compromisso de viver moralmente conforme a definição de moralidade de cada sistema de crença e o afastamento de visões exclusivamente monoteístas.
Primeiro, as religiões orientais geralmente enfatizam a importância de reduzir o sofrimento. O budismo ensina as Quatro Nobres Verdades, que argumentam que o sofrimento decorre de apegos na vida. Seguir o Caminho Óctuplo, incluindo práticas como a meditação, leva ao desapego e ao fim do sofrimento. O hinduísmo postula que a lei do carma determina o quanto uma pessoa sofre. O bom carma reduz o sofrimento na próxima vida, enquanto o carma ruim o aumenta. O confucionismo aborda o sofrimento por meio de suas instruções sobre padrões éticos relativos à sociedade e à família, como tratar os mais velhos com respeito. Quando as pessoas vivem esses valores comunitários, isso leva a menos sofrimento individual. O taoismo acredita que a redução do sofrimento resulta de uma vida alinhada com o "Tao" (ou seja, o Caminho), o que envolve buscar o equilíbrio e o fluxo e evitar ações forçadas ou não naturais que levam ao estresse, ao conflito e à exaustão.
Em segundo lugar, as religiões orientais se concentram em comportamentos éticos, mas cada sistema de crença tem convicções únicas sobre o certo e o errado. Com relação às religiões da Índia, o hinduísmo ensina a importância da ahimsa (sânscrito para "não-violência") e ordena que os seguidores não prejudiquem nenhum ser vivo. O budismo ensina a importância de karuna (sânscrito para "compaixão") e a necessidade de aliviar o sofrimento de todos os seres vivos. Embora karuna seja uma das muitas virtudes do hinduísmo, é o princípio ético central do budismo.
Com relação às religiões da China, o confucionismo ensina a importância do ren (palavra chinesa que significa "humanidade") e enfatiza a demonstração de benevolência para com todas as pessoas. O taoismo ensina a importância do de, ou o caráter interno de uma pessoa, e promove o ideal de tratar os outros com bondade e compaixão. O confucionismo também incorpora o conceito do de, enfatizando o bom tratamento dos outros, enquanto no taoismo ele se refere ao alinhamento com o fluxo do universo, que também tem aplicações éticas e sociais.
Terceiro, o hinduísmo, o budismo, o confucionismo e o taoismo, que representam as maiores religiões orientais, rejeitam o monoteísmo estrito - a crença exclusiva em um único Deus - em favor do politeísmo ou não-teísmo. Embora muitas variedades de teísmo sejam encontradas no hinduísmo, inclusive o monoteísmo, ele é quase totalmente politeísta. O budismo e o confucionismo não são teístas e se concentram no comportamento ético. O taoismo pode ser politeísta ou não-teísta, dependendo da tradição. Embora algumas religiões orientais sejam exclusivamente monoteístas, como o zoroastrismo e o sikhismo, elas são menores do que as religiões orientais mais influentes. Especificamente, o zoroastrismo tem aproximadamente 200.000 a 400.000 seguidores em todo o mundo, e o sikhismo tem cerca de 25 milhões. Em comparação, o budismo tem cerca de 500 milhões de seguidores e o hinduísmo, 1,2 bilhão. O confucionismo e o taoismo têm, cada um, de 10 a 20 milhões de seguidores devotos, além de centenas de milhões que nominalmente empregam seus princípios éticos na vida cotidiana.
Embora os principais sistemas de crenças, como o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, tenham se originado no Oriente Médio, que fica no hemisfério oriental, os historiadores e antropólogos os classificam como religiões ocidentais porque essa é a parte do mundo para a qual eles se espalharam e causaram maior impacto.
O lar das religiões orientais faz parte das "nações" da Grande Comissão: "Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-lhes a obedecer a todas as coisas que vos ordenei; e eu estou convosco todos os dias, até o final dos tempos" (Mateus 28:19-20). Entender o que as religiões orientais acreditam pode ajudar os cristãos a compartilhar o evangelho de forma eficaz em obediência ao mandamento de Jesus.
