Resposta:
A antroposofia está enraizada na crença de que existe um "mundo espiritual" separado e objetivo além do físico e que os seres humanos podem acessar esse mundo por meio do intelecto. Essa abordagem é chamada de filosofia ou religião, embora seus adeptos geralmente a considerem uma forma de ciência-espiritualidade holística. O próprio termo antroposofia tem o objetivo de enfatizar a liberdade e o desenvolvimento humanos.
A antroposofia foi desenvolvida por Rudolf Steiner à medida que ele se separava gradualmente da teosofia. Assim como a teosofia, a antroposofia ensina que as experiências místico-intelectuais permitem que as pessoas acessem a sabedoria de uma realidade superior. Ela difere da teosofia por dar maior aprovação às ideias religiosas cristãs e aos conceitos da ciência convencional. Assim como a teosofia, a antroposofia é fortemente influenciada pelas ideias do gnosticismo.
Os adeptos afirmam rotineiramente que a antroposofia é compatível com o cristianismo. Entretanto, a quase-religião da antroposofia envolve crenças totalmente contraditórias com as apresentadas na Bíblia. Essas crenças incluem uma versão da reencarnação. A antroposofia explica, grosso modo, a história de diferentes religiões como parte da evolução humana, acreditando que a humanidade progride com a orientação de uma figura semelhante a um messias em cada uma dessas etapas. Dessa forma, a antroposofia sugere que todas as religiões são "verdadeiras" em suas culturas e épocas específicas. Nesse sistema, uma versão pouco reconhecível do cristianismo é vista como o ponto final para o qual convergem todas as religiões em evolução.
Por meio da Sociedade Antroposófica e de outros grupos, a filosofia de Steiner é promovida por meio de seminários e programas de extensão. A antroposofia é a visão de mundo orientadora das escolas Waldorf, ou escolas Steiner, embora oficialmente essas escolas sejam proibidas de ensinar expressamente a antroposofia. A visão única dessa filosofia religiosa enfatiza muito a liberdade pessoal e não acredita necessariamente em proselitismo. Os pesquisadores da área de educação divergem quanto ao grau em que o método Waldorf beneficia os alunos.
