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Pergunta: O que é a Igreja da Unidade / Escola da Unidade do Cristianismo?

Resposta:
A Igreja da Unidade é uma organização relacionada ao movimento do Novo Pensamento. Anteriormente, era chamada de Igreja da Unidade (ou Escola da Unidade) do Cristianismo. Não deve ser confundida com o Universalismo Unitário ou a Ciência Cristã, embora tenham muitas crenças em comum. A Unidade tem sua sede na Unity Village (Vila da Unidade), perto de Kansas City, Missouri. Do seu próprio site: "O movimento da Unidade foi fundado por Charles e Myrtle Fillmore em 1889 como um ministério de cura baseado no poder da oração e no poder de nossos pensamentos para criar nossa própria realidade. Os Fillmores consideravam Jesus como o grande exemplo e não como a grande exceção; interpretavam a Bíblia metafisicamente e ensinavam que Deus está presente em todos nós." Há aproximadamente 110.000 membros em mais de 300 igrejas da Unidade. É um dos maiores grupos metafísicos dos Estados Unidos, e sua revista, Daily Word, tem milhões de leitores.

A Igreja da Unidade teve seu início por causa de uma doença. Myrtle havia contraído tuberculose e estava procurando algo que pudesse curá-la. Depois de assistir a uma palestra do Dr. Eugene Weeks, um discípulo dos ensinamentos do Novo Pensamento de Quimby, ela aprendeu sobre a cura metafísica. Dois anos após essa palestra, e depois de muita pesquisa e aplicação pessoal da metafísica, ela afirma ter sido curada. Seu marido, embora cético no início, também começou a estudar metafísica, bem como outras religiões e filosofias. O que surgiu foi a Escola da Unidade do Cristianismo, nomeada depois que Charles ouviu uma voz lhe dizer: "Unidade". Esse nome foi apropriado, pois a filosofia religiosa dos Fillmores era uma mistura de Novo Pensamento, Ciência Cristã, Ciência Divina, Hinduísmo, Teosofia, Rosacrucianismo, Espiritualismo, etc. Para citar Charles, eles "pegaram emprestado o melhor de todas as religiões". Entusiasmados com a cura de Myrtle e com o conhecimento que haviam adquirido recentemente, começaram a realizar reuniões para ensinar a outras pessoas sua nova teologia.

A Igreja da Unidade afirma que, por meio da adesão a seus ensinamentos, as pessoas podem ser mais felizes e saudáveis e alcançar seu potencial divino. Embora se autodenomine cristã, há muitas coisas que separam o movimento da Unidade e o cristianismo verdadeiro e bíblico. Seu site afirma que "a Unidade é uma comunidade espiritual de mente aberta e receptiva que honra todos os caminhos para Deus e ajuda as pessoas a descobrir e viver seu potencial e propósito espiritual". Eles afirmam seguir os ensinamentos de Jesus, mas sua autodefinição contradiz isso porque Jesus disse: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6). Jesus não honrou nenhum outro caminho para Deus a não ser Ele mesmo (João 3:16-18; 10:7-13). Atos 4:12 diz: "E não há salvação em nenhum outro, pois debaixo do céu não há outro nome entre os homens pelo qual devamos ser salvos."

A seguir, uma breve explicação de algumas das maneiras pelas quais as crenças da Unidade estão em conflito com o verdadeiro cristianismo:

Deus: A unidade considera Deus como uma ideia ou um poder, em vez de uma pessoa. As Escrituras pintam o quadro oposto. De Gênesis a Apocalipse, Deus se apresenta como Pai (Mateus 5:16), Criador (Isaías 43:15), Provedor (Filipenses 4:19) e Curador (Êxodo 15:26; Deuteronômio 32:39). Ele exibe a personalidade e os traços de uma pessoa. Ele fala (Jó 2:2; Atos 22:10), sente (Juízes 2:20), ama (Salmo 37:28), canta (Sofonias 3:17), luta (Êxodo 14:14) e se deleita com aqueles que O amam (Salmo 37:23).

Jesus: O site da Unidade diz o seguinte sobre Jesus: "Acreditamos que Jesus expressou seu potencial divino e procurou mostrar à humanidade como expressar o nosso também. Vemos Jesus como um mestre que ensina as verdades universais e como o nosso Caminho de Demonstração. Na Unidade, usamos o termo Cristo para significar a divindade na humanidade." A Bíblia ensina que Jesus era "o Filho unigênito do Pai" (1 João 4:9). Ele não "possuía uma centelha divina"; Ele era a Palavra que se tornou carne (João 1:1; Filipenses 2:5-11). Ele aceitou adoração, o que somente Deus pode fazer com justiça (Mateus 2:11; João 9:38, 20:28; Hebreus 1:6). Seu propósito não era "expressar seu potencial divino e procurar mostrar à humanidade como expressar o nosso". Ele disse na noite anterior à Sua crucificação que "foi para isso mesmo que vim a esta hora" (João 12:27). Se Jesus veio para nos mostrar como "viver nossa divindade", por que Ele afirmou que Sua morte na cruz foi a razão de Sua vinda?

Humanidade: A Unidade ensina que "nossa natureza essencial é divina e, portanto, inerentemente boa. Nosso propósito é expressar nosso potencial divino conforme realizado e demonstrado por Jesus e outros mestres professores". Isso é diretamente contrário ao ensino bíblico. Romanos 3:10 diz: "Não há um justo, nem um sequer". Tito 3:5 diz: "Ele nos salvou, não por méritos de atos de justiça que houvéssemos praticado, mas segundo a sua misericórdia." Romanos 5:12 afirma claramente que não nascemos bons: "Portanto, assim como o pecado entrou no mundo por um só homem, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, pois todos pecaram." Os versículos 9 e 10 dizem que estávamos sob a "ira de Deus" e que "éramos inimigos" de Deus. A Bíblia deixa claro que o homem é inerentemente pecador e não pode alcançar a justiça por seus próprios esforços. A vida, a morte e a ressurreição de Jesus pagaram pelo nosso pecado e adquiriram um meio de nos reconciliarmos com Deus. C. S. Lewis resumiu a verdade sobre Jesus quando escreveu: "Você pode calá-lo como um tolo, pode cuspir nele e matá-lo como um demônio; ou pode cair a seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas não vamos vir com qualquer bobagem paternalista sobre Ele ser um grande professor humano. Ele não deixou isso em aberto para nós. Ele não teve essa intenção".

Céu e inferno: O site da Unidade declara que "o céu e o inferno são estados de consciência, não locais geográficos. Criamos nosso próprio céu ou inferno aqui e agora por meio de nossos pensamentos, palavras e ações". No entanto, Jesus disse: "Assim será no fim do mundo: os anjos sairão e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes" (Mateus 13:49-50). O apóstolo Paulo falou sobre estar "ausente do corpo e presente com o Senhor" (2 Coríntios 5:8-10). Hebreus 9:27 deixa claro que "está ordenado aos homens morrerem uma só vez, vindo depois o juízo." Jesus nos mostrou exatamente o que acontece após a morte na história do homem rico e Lázaro (Lucas 16:19-31). É impossível ler a Bíblia honestamente e não ver os temas da vida eterna e do julgamento.

A Bíblia: O site da Unidade afirma que "a Bíblia é o livro-texto básico da Unidade". Mas essa afirmação é enganosa. A julgar por suas muitas doutrinas errôneas, a Unidade não vê a Bíblia como infalível ou literal. Os fundadores da Unidade viam a Bíblia "como história e alegoria e a interpretavam como uma representação metafísica da jornada evolutiva da humanidade rumo ao despertar espiritual". Eles afirmam considerá-la inspirada, mas acreditam claramente que a inspiração não veio de um Deus perfeito e imutável (Números 23:19; Hebreus 13:8; Tiago 1:17). O termo inspirado parece se referir à inspiração humana em vez de "inspirada por Deus" (2 Timóteo 3:16).

O movimento da Unidade não pode ser descrito com precisão como uma "igreja". O termo nas Escrituras sempre se refere a um corpo de crentes, salvos por meio da fé no Senhor Jesus Cristo (Mateus 16:16-18). Como "fé em Cristo" significa algo totalmente diferente na organização da Unidade, sua doutrina não leva à salvação, ao céu ou a um relacionamento com o Deus vivo e verdadeiro. Essas religiões pseudocristãs estão longe de ser inofensivas. Qualquer grupo que negue a natureza trina de Deus (Mateus 28:19), a depravação do homem (Romanos 3:23), a infalibilidade das Escrituras (João 17:17) e a divindade e o senhorio de Jesus Cristo (Filipenses 2:11) não é de Deus. A Bíblia tem palavras fortes para aqueles que pervertem seus ensinamentos. Gálatas 1:7-8 diz: "... que de fato não é outro evangelho, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregue um evangelho diferente do que já vos pregamos, seja maldito." Provérbios 14:12 também se aplica a grupos como a Unidade: "Há um caminho que ao homem parece correto, mas o fim dele conduz à morte."



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