Resposta:
A teosofia é mais uma filosofia da religião do que uma religião propriamente dita. A palavra teosofia vem das palavras gregas theos "deus" e sophia "sabedoria". Literalmente, teosofia significa "sabedoria divina". As raízes dessa filosofia podem ser rastreadas até o gnosticismo antigo, com empréstimos da filosofia grega e do misticismo medieval. A teosofia moderna também se baseia muito no hinduísmo.
A Sociedade Teosófica foi fundada em Nova York em 1875 por Helena Petrovna Blavatsky, uma espiritualista nascida na Rússia, e Henry Steel Olcott, um advogado e jornalista americano. Três anos depois, eles transferiram a base internacional de operações da Sociedade Teosófica para a Índia.
A teosofia ensina que todas as religiões contêm elementos da "Sabedoria Antiga" e que os homens sábios ao longo da história guardaram o segredo do poder espiritual. Aqueles que foram iluminados pela sabedoria divina podem acessar uma realidade espiritual transcendente por meio da experiência mística. Assim como o hinduísmo, a teosofia ensina a reencarnação e a crença no carma. Os teosofistas também depositam sua confiança nos Mahatmas (literalmente, "Grandes Almas"), também chamados de Grandes Mestres ou Adeptos - aqueles que atingiram um estado elevado de existência e que possuem a soma do conhecimento acumulado do mundo. De acordo com os teosofistas, esses Mahatmas estão dirigindo a evolução espiritual da humanidade.
Em 1911, a Sociedade Teosófica proclamou o advento de um "Instrutor Mundial" - um jovem hindu chamado Jiddu Krishnamurthi. Os teosofistas anunciaram esse personagem messiânico como a esperança mundial de iluminação, paz e unidade. Entretanto, alguns anos depois, Krishnamurthi renunciou à sua posição de "Instrutor Mundial" e parou de afirmar ser um messias.
Embora os teosofistas afirmem que sua filosofia é compatível com o cristianismo (e com o budismo, o hinduísmo e todas as outras religiões), está claro que a teosofia está em desacordo com a Bíblia. A Bíblia não apenas refuta a ideia de reencarnação e carma (Hebreus 9:27), mas também difere da teosofia nos seguintes pontos:
1) A teosofia nega a existência de um Deus pessoal e infinito. A Bíblia ensina claramente a existência de um Deus que é pessoal e infinito (Hebreus 1:10, 11:6).
2) A teosofia nega a necessidade de perdão. A Bíblia proclama que toda a humanidade precisa do perdão de Deus, disponível somente por meio da morte de Jesus Cristo (Romanos 3:23-25).
3) A teosofia ensina que Cristo foi uma "Grande Alma" que habitou o corpo de um homem chamado Jesus por alguns anos (essa é uma antiga heresia gnóstica). A Bíblia ensina que Jesus é o eterno Filho de Deus (João 1:1-14).
Embora o número de teosofistas tenha diminuído ao longo dos anos, a filosofia em si teve uma influência marcante. A teosofia gerou grande interesse nas religiões orientais entre os ocidentais, levando ao renascimento do hinduísmo e do budismo. Ela também influenciou fortemente o surgimento de outros movimentos religiosos, como o rosacrucianismo, a unidade e o movimento do Novo Pensamento.
A teosofia busca uma sabedoria mais elevada, mas não reconhece que não há sabedoria mais elevada do que a encontrada em Jesus Cristo, "o poder de Deus e a sabedoria de Deus" (1 Coríntios 1:24).
